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segunda-feira, 9 de novembro de 2020

CONTO DE ASSOMBRAÇÃO/ MISTÉRIO

Boa tarde, pessoal do 6ºA!

Espero que vocês estejam bem ;)

 

Nesta semana, iremos estudar o texto narrativo e os elementos que o compõem. Para tanto, leremos um conto de assombração/ mistério, Maria Angula. Depois de realizar a atividade, enviem as respostas para o e-mail: mmaraujo@prof.educacao.sp.gov.br, até o dia 16.11.2020.

 

Assunto: Leitura e estudo de elementos do texto narrativo.

 

I. Leia o conto a seguir para depois responder ao que se pede. Procure ler em voz alta para destacar as vozes do narrador e personagens.

 

Maria Angula

                         Maria Angula era uma menina alegre e viva, filha de um fazendeiro de Cayambe. Era louca por uma fofoca e vivia fazendo intrigas com os amigos para jogá-los uns contra os outros. Por isso tinha fama de leva-e-traz, linguaruda, e era chamada de moleca fofoqueira.

            Assim viveu Maria Angula até os dezesseis anos, decidida a armar confusão entre os vizinhos, sem ter tempo para aprender a cuidar e a preparar pratos saborosos.
            Quando Maria Angula se casou, começaram os seus problemas. No primeiro dia, o marido pediu-lhe que fizesse uma sopa de pão com miúdos, mas ela não tinha a menor ideia de como prepará-la.
            Queimando as mãos com uma mecha embebida em gordura, acendeu o carvão e levou ao fogo um caldeirão com água, sal e colorau, mas não conseguiu sair disso: não fazia ideia de como continuar.
            Maria lembrou-se então de que na casa vizinha morava dona Mercedes, cozinheira de mão-cheia, e, sem pensar duas vezes, correu até lá.
            — Minha cara vizinha, por acaso a senhora sabe fazer sopa de pão com miúdos?
            — Claro, dona Maria. É assim: primeiro coloca-se o pão de molho em uma xícara de leite, depois despeja-se este pão no caldo e, antes que ferva, acrescentam-se os miúdos.
            — Só isso?
            — Só, vizinha.
            — Ah — disse Maria Angula —, mas isso eu já sabia!
            E voou para a sua cozinha a fim de não esquecer a receita.
            No dia seguinte, como o marido lhe pediu que fizesse um ensopado de batatas com toicinho, a história se repetiu:
            — Dona Mercedes, a senhora sabe como se faz o ensopado de batatas com toicinho?
            E como da outra vez, tão logo a sua boa amiga lhe deu todas as explicações, Maria Angula exclamou:
            — Ah! É só? Mas isso eu já sabia! — E correu imediatamente para casa a fim de prepará-lo. 
            Como isso acontecia todas as manhãs, dona Mercedes acabou se “enfezando”. Maria Angula vinha sempre com a mesma história: "Ah, é assim que se faz o arroz com carneiro? Mas isso eu já sabia! Ah, é assim que se prepara a dobradinha? Mas isso eu já sabia!". Por isso a mulher decidiu dar-lhe uma lição e, no dia seguinte…
             — Dona Mercedinha!
            — O que deseja, dona Maria?
            — Nada, querida, só que meu marido quer comer no jantar um caldo de tripas e bucho e eu…
            — Ah, mas isso é fácil demais! — disse dona Mercedes. E antes que Maria Angula a interrompesse, continuou:
            — Veja: vá ao cemitério levando um facão bem afiado. Depois espere chegar o último defunto do dia e, sem que ninguém a veja, retire as tripas e o estômago dele. Ao chegar em casa, lave-os muito bem e cozinhe-os com água, sal e cebolas. Depois que ferver uns dez minutos, acrescente alguns grãos de amendoim e está pronto. É o prato mais saboroso que existe.
            — Ah! — disse como sempre Maria Angula. — É só? Mas isso eu já sabia!
            E, num piscar de olhos, estava ela no cemitério, esperando pela chegada do defunto mais fresquinho. [...]Teve ímpetos de fugir, mas o próprio medo a deteve ali. [...] Voltou para casa e logo que conseguiu recuperar a calma, preparou a janta macabra que, sem saber, o marido comeu lambendo-se os beiços.
            Nessa mesma noite, enquanto Maria Angula e o marido dormiam, escutaram-se uns gemidos nas redondezas. Ela acordou sobressaltada. O vento zumbia misteriosamente nas janelas, sacudindo-as, e de fora vinham uns ruídos muito estranhos, de meter medo a qualquer um.
            De súbito, Maria Angula começou a ouvir um rangido nas escadas. Eram os passos de alguém que subia em direção ao seu quarto, com um andar dificultoso e retumbante, e que se deteve diante da porta. Fez-se um minuto eterno de silêncio e logo depois Maria Angula viu o resplendor fosforescente de um fantasma. Um grito surdo e prolongado paralisou-a.
            — Maria Angula, devolva as minhas tripas e o meu estômago, que você roubou da minha santa sepultura!
            Maria Angula sentou-se na cama, horrorizada, e, com os olhos esbugalhados de tanto medo, viu a porta se abrir, empurrada lentamente por essa figura luminosa e descarnada. A mulher perdeu a fala. Ali, diante dela, estava o defunto, que avançava mostrando-lhe o seu semblante rígido e o seu ventre esvaziado.
            — Maria Angula, devolva as minhas tripas e o meu estômago, que você roubou da minha santa sepultura!
            Aterrorizada, escondeu-se debaixo das cobertas para não vê-lo, mas imediatamente sentiu umas mãos frias e ossudas puxarem-na pelas pernas e arrastarem-na gritando:
            — Maria Angula, devolva as minhas tripas e o meu estômago, que você roubou da minha santa sepultura!
            Quando Manuel acordou, não encontrou mais a esposa e, muito embora tenha procurado por ela em toda parte, jamais soube do seu paradeiro.

 Fonte: URIBE, V. (org.). Contos de assombração. 4. ed. São Paulo: Ática, 1988.

 

a)Agora que você leu o texto, registre as impressões que você teve sobre o conto após a leitura.

b) Numere de acordo com a ordem do texto.

1) (___)  A moça viveu até os dezesseis anos, decidida a armar confusão entre os vizinhos, sem ter tempo para aprender a cuidar e a preparar pratos saborosos.

2) (___) Quando Maria Angula se casou, começaram os seus problemas
3) (___) Dona Mercedes, cozinheira de mão-cheia, morava na casa vizinha e Maria corria até ela toda vez que precisava de alguma receita.  
4) (___)  Maria Angula começou a ouvir um rangido nas escadas e aterrorizada sentiu as mãos frias a puxar-lhe as pernas. 
5) (___)  Maria Angula era uma menina alegre e viva, filha de um fazendeiro de Cayambe.
6) (___)  Até que a mulher decidiu dar-lhe uma lição e ensinou-lhe uma receita macabra.
7) (___) Quando Manuel acordou, não encontrou mais a esposa e, muito embora tenha procurado por ela em toda parte, jamais soube do seu paradeiro.
8) (___)  Num piscar de olhos, estava ela no cemitério, esperando pela chegada do defunto mais fresquinho. 

 

c) Preencha o quadro a seguir com os elementos do texto.

 

 

Elementos da narrativa

 

Narrador (1ª ou 3º pessoa)

Personagens (quem viveu a história)

Espaço (lugar onde aconteceu a história)

Tempo (quando aconteceu a história)

 

 

 

 

 

 

 

 

Enredo (a história na ordem em que os eventos ocorreram)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

d)Este conto é um conto fictício da tradição oral equatoriana. Você conhece algum conto deste tipo da tradição brasileira? Qual?

 

II. Faça um desenho de um espaço/ lugar onde possa acontecer uma história de assombração/ mistério. Se preferir, você pode escolher uma imagem, ao invés de desenhar.


Bibliografia:

https://www.ahoradecolorir.com.br/2019/05/conto-de-assombracao-maria-angula.html

 Aprender sempre, 2020. Caderno do aluno, 6º ano do ensino fundamental.

 

Observações: Leiam as questões da atividade com bastante atenção. Se houver dúvidas, não deixem de perguntar.

Até mais,

Profª Maria Margarida

 

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