CRONOGRAMA DE POSTAGENS


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quinta-feira, 26 de novembro de 2020

4º Bimestre - 6 aula

 

Data: semana – 23 até 27 de novembro.

Número de aulas: 2

  • Contato e entrega de atividades: via e-mail paulacelestino@prof.educacao.sp.gov.br  e sempre uma cópia no caderno.
  • Você pode tirar foto do que foi feito no caderno, pode enviar no Word ou no corpo do e-mail.


Orientações para entrega de Atividades.

  • Coloque o nome completo, o ano (Ex. 7 e a série) e a data de resolução em cada folha do caderno;
  • Coloque o Título da Atividade no Início (semana de XX ate XX de outubro - título da atividade);
  • Ao terminar toda a atividade, tire foto (legível) de cada folha e envie para o meu email (paulacelestino@prof.educacao.sp.gov.br), você pode fazer no Word também ou outro editor de texto, mas sempre deixe uma cópia no CADERNO;
  • No email, colocar o título da atividade no campo "ASSUNTO" e no corpo da mensagem o NOME COMPLETO E ANO/SÉRIE.



Prazo para a entrega: 03/12/2020



Tema: Patrimônio Espeleológico: Porque preservar cavernas?



CAVIDADES NATURAIS SUBTERRÂNEAS: Cavernas são ecossistemas frágeis e delicados. Nestes ambientes, fluxos de energia estão se processando a cada momento, sendo preciso todo cuidado quando existem intervenções humanas.

Constituídas por um sistema de canais horizontais e/ou verticais, com fraturas e estruturas geológicas de variações irregulares, as cavernas formam um complexo sistema de condutos de excepcional beleza cênica, onde a ação da água, em algum momento do tempo geológico e por meio de diferentes processos, dissolveu a rocha matriz.

Podemos considerar que as rochas solúveis são indicadores da ocorrência de cavernas. As rochas contendo minerais solúveis, como a calcita, halita ou sal (NaCl), gipsita, anidrita e dolomita abrigam a maioria das cavernas no Brasil e no mundo.

Contudo, rochas siliciclásticas como arenitos e quartzitos, e litologias ferríferas, como formações ferríferas bandadas e canga, constituem parte importante do patrimônio espeleológico nacional.

Formação: Parte do dióxido de carbono na atmosfera é carregado para a superfície da terra pelas águas das chuvas. Através do processo de dissolução da rocha matriz, surgem soluções químicas que exercem importante papel na formação dos espeleotemas.

Os espaços, condutos e vazios na rocha vão sendo lentamente modelados pela ação do soluto, o qual pode ser exemplificado conforme as fórmulas a seguir:


 H2O (Água) + CO2 (Dióxido de Carbono)  ==> H2CO3 (Ácido carbônico);

H2CO3 (Ácido carbônico) + CaCO3  (Carbonato de Cálcio) ==>  Ca(HCO3)2m (Bicarbonato de Cálcio).


As cavernas podem ser consideradas como ambiente frágil, onde um delicado ecossistema se interage. Neste ambiente os organismos vivos (parte biológica) e os recursos abióticos (ar, rocha e água) agem de maneira harmônica e equilibrada, favorecendo que a reciclagem de nutrientes entre os componentes seja evidenciada a cada momento.


É importante ressaltar que no ecossistema cavernícola tanto o complexo orgânico como os fatores físicos contribuem para constituição de um específico habitat de maneira que o ambiente estabeleça um fluxo de energia e uma ciclagem de materiais entre as partes vivas e não-vivas de forma constante e exclusiva.


Importância: A preservação e conservação das cavernas, sítios espeleológicos e suas respectivas áreas de influência, tem como objetivo a manutenção destes sistemas ecológicos, sensíveis e diferenciados.

Nas cavernas é possível o desenvolvimento de estudos científicos, da investigação minuciosa e sistemática em diversos campos do conhecimento, a fim de proporcionar a sociedade a melhor opção de crescimento social e econômico através do adequado uso deste frágil ecossistema, conforme a seguir:

  • Podem funcionar como opções de lazer (práticas recreativas, esportivas e de contemplação), desde que sejam respeitadas regras mínimas de proteção e conservação do ambiente.
  • As cavernas exercem importante papel no armazenamento estratégico de água, com a carga e recarga de aquíferos.
  • Possibilita adequada utilização, com vistas a exercer o papel de importante fonte de atividade economicamente viável, tais como o turismo, esporte, e seus benefícios associados.
  • Registram informações relativas aos processos geológicos, possibilitando pesquisar a origem, a formação e as sucessivas transformações das rochas locais e do paleoclima outrora ocorrido na região.
  • Protegem e conservam minerais raros ou formações geológicas inigualáveis.
  • Conservam de forma eficiente interessantes informações da vida pretérita em seus sítios fossilíferos e arqueológicos, nos quais é possível identificar, catalogar e pesquisar espécies de animais e vegetais fósseis, bem como o estudo cultural dos povos do passado, onde documentos, monumentos e objetos compõem importantes registros dos hábitos vividos de uma determinada sociedade.
  • Propiciam eficiente abrigo para conservação de habitats de espécies endêmicas e ameaçadas de extinção, tanto da fauna como da flora.
  • Podem desempenhar a função de locais reservados à manifestações culturais e sociais.



As unidades de conservação sob a administração da Fundação Florestal protegem centenas de cavernas, especialmente as formadas em rochas calcárias, a exemplo dos parques estaduais Turístico do Alto Ribeira (Petar), Intervales, Caverna do Diabo, Rio do Turvo e da Área de Proteção Ambiental (APA) da Serra do Mar, localizados nas regiões do Vale do Ribeira e do Alto Paranapanema, ao sul do Estado.

As cavernas – cavidades naturais subterrâneas – são consideradas bens da União de acordo a Constituição Federal (artigo 225) e áreas de proteção permanente pela constituição paulista (artigo 197). Elas constituem um ambiente único, o meio subterrâneo, formadas pelo resultado de processos de intemperismo químico e físico de centenas de milhares de anos.

A gênese das cavernas calcárias está relacionada à dissolução química do carbonato de cálcio pelas águas das chuvas, que são pouco ácidas e, ao passarem pelos solos, ganham mais acidez. Esse processo possibilitou a abertura de condutos e seu posterior alargamento, originando salões, galerias e rios subterrâneos, acessíveis ou não ao ser humano.

O clima nas cavernas, na maioria das vezes, é estável, com pouca variação de temperatura e alta umidade relativa do ar. Próximo às entradas a influência do meio externo é maior, ao contrário dos trechos mais profundos, onde ocorre total ausência de luz, impedindo a fotossíntese e limitando o fluxo de energia e a vida.

Os seres vivos encontrados nas cavernas são comumente classificados como:

  • Troglóbios: organismos que vivem somente no interior das cavernas, tais como o bagre-cego (peixe) e as aeglas albinas (crustáceos);
  • Troglófilos: organismos que podem completar parte do seu ciclo de vida no interior das cavernas, como os opiliões e grilos;
  • Trogloxenos: organismos que podem utilizar as cavernas como abrigo, especialmente os morcegos, ou visitá-las eventualmente, dentre eles o ser humano.

As ornamentações das cavernas são conhecidas como espeleotemas, que variam de tamanho, forma e coloração, depende do padrão de cristalização e de sua composição química. Dentre os espeleotemas mais comuns estão as estalactites e as estalagmites, formadas por gotejamentos no teto e chão das cavernas, respectivamente. As colunas formam-se pela junção destas duas formações e as cortinas pela cristalização em tetos inclinados. Já as represas de travertino constituem diques de tamanhos variados, com a deposição de mineral nas bordas. Essas represas podem ou não estar cheias de água saturada de sais, formando novos espeleotemas. As helictites possuem cristais bastante delicados e de rara beleza, em geral situadas em ambientes mais confinados.

As cavidades naturais subterrâneas constituem testemunhos de processos de evolução geológica, dos relevos e da vida em uma determinada região, com ocorrência de depósitos de fósseis de vertebrados como a preguiça-gigante (ou megatério) e o toxodonte, o tigre-de-dente-de-sabre, dentre outros.

Por essas e outras características, as cavernas constituem um vasto campo de pesquisas científicas, com grande importância ecológica, turística, educativa e econômica.

Nos parques administrados pela Fundação Florestal você poderá conhecer muitas cavernas, cada uma com sua beleza, algumas de fácil acesso e outras que exigem maior preparo e conhecimento. Todas as visitas devem ser realizadas com acompanhamento de monitores ambientais ou guias credenciados. Para aqueles que querem se dedicar às atividades de documentação e exploração de cavernas, é recomendável participar de algum grupo de espeleologia (estudo das cavernas).


Desde janeiro de 2009, a Fundação Florestal está elaborando os Planos de Manejo Espeleológico de 32 cavernas em quatro Parques Estaduais do Vale do Ribeira. Conheça mais sobre esse projeto em http://www.ekosbrasil.org/cavernas/ 


Conclusões para auxiliar no entendimento do tema.

  1. A espeleologia (do grego spelaion: cavernas, e logos: estudo), ciência voltada ao estudo, pesquisa, observação e exploração das cavernas, trabalha em conjunto com a paleontologia, a arqueologia e a biologia, pois os ambientes cavernícolas abrigam raríssimos sítios arqueológicos, elementos reveladores das primeiras ocupações humanas, pinturas rupestres, fósseis mineralizados, ecossistema próprio, minérios especiais e reservatórios de água doce, além de propiciar a compreensão da adaptação dos seres vivos ao longo da história natural, o caminho das águas e a datação do passado geológico.
  2. O Brasil possui 4.245 cavidades naturais inscritas junto ao Cadastro Nacional de Cavernas do Brasil, sendo que quase 400 delas são situadas no Estado de São Paulo, dentre as quais a maior parte localiza-se no Vale do Ribeira.
  3. Segundo o artigo 5° do Decreto n° 99.556/90, o patrimônio espeleológico compreende o conjunto de elementos bióticos e abióticos, sócio-econômicos e histórico-culturais, subterrâneos ou superficiais, representados pelas cavidades naturais, e, nos termos do artigo 216, V, da Constituição Federal, constituem patrimônio cultural brasileiro.
  4. Tanto a fauna como a flora cavernícolas têm por habitat o frágil ambiente das cavernas, sendo a maioria das espécies exclusivas daquele ambiente hipógeo, fora dos quais não sobreviveriam. Vestígios arqueológicos, como restos de ferramentas e cerâmicas das civilizações pré-históricas, sítios paleontológicos intactos, onde ossadas e fósseis de animais são conservados pelo ambiente calcário, águas mineralizadas, minerais raros e formações minerais únicas, como os espeleotemas, importantíssimos para os estudos físico-químicos, integram as cavidades naturais e constituem o que denominamos acervo cavernícola.
  5. As cavernas possuem natural aptidão para o turismo, seja pela beleza de seus pórticos, rios e lagos subterrâneos de águas cristalinas, como pela formação poética de seus espeleotemas. Tal inclinação natural deve ser incentivada como meio para o desenvolvimento sócio-econômico regional. Todavia, cumpre-nos associar, ao que conhecemos por ecoturismo, a educação ambiental e a sustentabilidade da exploração desta atividade econômica, a fim de evitar o impacto ambiental no frágil ambiente cavernícola, especialmente ao que se refere ao fluxo de visitantes.
  6. Os ambientes cavernícolas são estratégicos reservatórios de água, que podem servir para o abastecimento de aqüíferos ou para a análise do comportamento geo-hídrico local, desde que respeitado o equilíbrio ecológico e observada sua sustentabilidade.
  7. Ao lado da cobertura vegetal remanescente da Mata Atlântica, o Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (PETAR) encontra nas cavernas sua maior riqueza ambiental, pois somente em dos municípios que o integram (Iporanga/SP) situam-se mais de 270 cavidades naturais. Um projeto para a construção de barragens no Rio Ribeira de Iguape constitui gravíssima ameaça para todo este patrimônio espeleológico, na medida em que, inundando larga porção do Parque, destruirá de forma irreversível este acervo cavernístico.
  8. Toda a potencialidade científica e ambiental das cavidades naturais brasileiras ainda está por ser descoberta, inexplorada que se encontra pela ausência de investimentos em recursos humanos e financeiros por parte do Poder Público. É vergonhoso o descaso para com o nosso patrimônio espeleológico, renegado a último plano nas políticas preservacionistas ambientais, como se de patrimônio cultural e ambiental não se tratasse. Urge reverter este quadro, valorizando e preservando o patrimônio espeleológico nacional.

Atividade


1. O que é patrimônio espeleológico?

2. O que é um ecossistema cavernícola?

3. Do quanto exposto, verifica-se que em decorrência da ausência de luz, outro problema surge para os animais cavernícolas, a escassez de alimentos, sendo assim, esses animais dividem-se de que forma?

4. Pensando no ecoturismo, desenvolvimento sustentável e na educação ambiental as cavernas são, portanto, interessantes locais de visitação, ou seja, lugares propícios para o desenvolvimento do turismo, uma vez que comportam belezas únicas e raras. Entretanto, para que as visitações sejam possíveis, é necessário que se faça um planejamento prévio, bem como devem ser fornecidas todas as informações necessárias aos visitantes, evitando, assim, a ocorrência de um possível impacto ambiental. Como podemos fazer isso? Justifique.

5. Qual a importância do patrimônio espeleológico e os meios de sua preservação?

6. As cavernas do Estado de São Paulo: O Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira. Qual a importância deste parque para o Estado de SP até mesmo para o mundo ecológico e científico? 





Bom Estudo!

Na torcida contínua para que todos estejam bem.


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