Recomendações aos alunos:
* Leiam co atenção e observem os exemplos.
* Assistam às aulas pelo CMSP, TV, plataforma Stoodi.
* Façam pesquisas em livros didáticos ou pela internet.
* Identifiquem as atividades com data de postagem, nome, série, turma e nº de chamada (se possível).
* Enviem as atividades para o E-mail: josecorreia@prof.educacao.sp.gov.br
* Data de entrega: até 22/09.
Olá pessoal! Que todos estejam bem.
Vamos começar o estudo de Física Nuclear.
A Física nuclear estuda o núcleo do átomo, as partículas que o constituem e a energia contida no núcleo atômico. Daí vem o nome nuclear, ou seja, proveniente do núcleo.
Física nuclear
A Física Nuclear estuda tudo o que está diretamente relacionado à investigação do surgimento do universo, sua evolução e estrutura. Todos aqueles questionamentos que antes foram levantados sem que tivesse uma explicação aceitável fazem parte desse estudo.
O estudo da Física Nuclear abrange um conhecimento que vai desde as partículas fundamentais até as imensas estruturas que formam o universo. Seu objetivo é entender as propriedades básicas dos núcleos e da matéria nuclear, podendo dessa forma encontrar uma teoria que seja completa sobre os núcleos mais completos.
Definição
Física Nuclear é a área da física que estuda as propriedades e interações dos núcleos atômicos, assim como os mecanismos básicos das reações nucleares com nêutrons e outros núcleos. As aplicações mais conhecidas nessa área são a geração de energia nuclear e a tecnologia de armas nucleares, porém esses estudos têm sido aplicados em outras coisas, como a medicina nuclear, ressonância magnética, engenharia de materiais e outros.
O início
A física nuclear surgiu a partir da descoberta da radioatividade em 1896, pelo físico francês Antoine Henri Becquerel. Após o século XX a Física Nuclear passou a se desenvolver bastante, construiu-se o primeiro reator nuclear, que foi destinado à pesquisa científica e a fabricação da primeira bomba atômica foi construída logo em seguida.
Atualmente, após a Guerra Fria, a pesquisa em Física Nuclear tem tido mais foco nas áreas não-bélicas, como a Física de Partículas, a Medicina Nuclear e a Cosmologia, porém não podemos negar que ainda existem centros de desenvolvimento de armas nucleares.
O estudo do átomo se deu após o pensamento de que: se quebrarmos um objeto ele irá se desfazer em pedaços menores, se quebramos esses pedaços se tornaram ainda menores até que chega a um ponto em que não conseguimos mais quebra-lo. E foi a partir desse pensamento que de início acreditavam que o átomo era indivisível. Hoje, depois de estudos e pesquisas sabemos que não é uma partícula indivisível e sim um sistema composto por partículas diferentes. E foi a partir das teorias de Dalton, de que os átomos eram esferas indestrutíveis e indivisíveis, que a ciência da estrutura atômica passou a traçar novos rumos no estudo.
O que a Física Nuclear estuda?
A Física Nuclear está envolvida em várias aplicações, e estuda as reações que acontecem nos núcleos dos átomos. Existem várias forças na física, podemos classifica-las em quatro grupos:
- Força Gravitacional: que tem relação com a atração entre os corpos, é responsável pela órbita dos planetas ou pela queda de uma fruta.
- Forças eletromagnéticas: que dão origem aos fenômenos elétricos, aos ímãs, às reações químicas, etc.
- Força Nuclear Fraca: que produz o decaimento em que um elétron é emitido do núcleo.
- Força Nuclear Forte: que é responsável por manter as partículas do núcleo unidas, mesmo que tenham as cargas elétricas iguais.
Suas aplicações
Entre as principais aplicações da Física Nuclear estão: a geração de energia elétrica em usinas nucleares, os Raios X, tratamentos de câncer, armamentos e bombas nucleares.
A Física Nuclear tem sido aplicada em diversas áreas e tem trazido vários benefícios para a humanidade, sempre que uma fonte de energia é descoberta aparece uma nova tecnologia onde se torna possível aproveitar essa energia. Foi assim com o fogo, o petróleo e, mais recentemente, com a energia atômica e a nuclear.
Energia nuclear
Dentre as principais formas de produção de energia elétrica no mundo, a energia nuclear é responsável por cerca de 16% desta eletricidade. Entretanto, há alguns países com maior dependência da energia nuclear: enquanto no Brasil, por exemplo, apenas 3% da eletricidade utilizada é produzida pelas usinas nucleares, na França 78% da energia elétrica é gerada por elas (dados de 2008).
Nos Estados Unidos há mais de 100 usinas nucleares, embora alguns estados utilizem mais este tipo de energia do que outros; enquanto no Brasil temos em funcionamento apenas duas: Angra 1 e Angra 2, estando uma terceira (Angra 3) em fase de instalação, todas constituintes da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto.
A pergunta principal é: como funcionam as usinas nucleares?
Para começar, é importante definir o que é energia nuclear. Trata-se da energia liberada na transformação de núcleos atômicos. Basicamente, o que ocorre é a transformação de um núcleo atômico em vários outros núcleos mais leves, ou ainda, em isótopos do mesmo elemento.
As fissões nucleares, reações que consistem na quebra de um núcleo mais pesado em outros menores e mais leves após a colisão de um nêutron no núcleo inicial, são a base para a produção de energia nas usinas nucleares.
Assim, sendo o urânio um elemento bastante disponível na Terra, é o principal recurso utilizado nas reações nucleares destas usinas. O urânio 238 (U-238), por exemplo, que tem meia-vida de 4,5 bilhões de anos, compõe 99% do urânio do planeta; já o urânio 235 (U-235) compõe apenas 0,7% do urânio remanescente e o urânio 234 (U-234), ainda mais raro, é formado pelo decaimento de U-238.
Apesar de menos abundante, o U-235 possui uma propriedade interessante que o torna útil tanto na produção de energia quanto na produção de bombas nucleares: ele decai naturalmente, como o U-238, por radiação alfa e também sofre fissão espontânea em um pequeno intervalo de tempo. No entanto, o U-235 é um elemento que pode sofrer fissão induzida, o que significa que, se um nêutron livre atravessar seu núcleo, ele será instantamente absorvido, tornando-se instável e dividindo-se.
Consideremos, então, um nêutron que se aproxima de um núcleo de U-235. Ao capturar o nêutron, o núcleo se divide em dois átomos mais leves e arremessa de dois a três nêutrons - este número depende da forma como o urânio se dividiu. Os dois novos átomos formados emitem radiação gama de acordo com o modo que se ajustam em seus novos estados.
A probabilidade de ocorrer fissão induzida em um átomo de U-235 é muito alta: em um reator funcionando corretamente, cada nêutron ejetado provoca uma nova fissão. Além disso, a captura do nêutron e a posterior divisão do núcleo ocorrem muito rapidamente, em intervalos da ordem de 10-12s. Sem contar que um único núcleo, ao dividir-se, libera uma enorme quantidade de energia, tanto na forma de calor quanto na forma de radiação gama. Esta produção de energia é regida pela conhecida equação E=mc2, devido à diferença de massa entre os produtos da fissão e o átomo original.
Para que uma amostra de urânio apresente as propriedades acima, é necessário que ela seja enriquecida, de modo a conter de 2% a 3% a mais de U-235. O enriquecimento de 3% é suficiente para o uso em um reator nuclear que trabalha na produção de energia.
Como funcionam as usinas nucleares?
Conforme já dito, para colocar uma usina nuclear em funcionamento é necessário, antes de mais nada, urânio enriquecido. Para se ter uma ideia, 0,5kg de U-235 enriquecido - quantidade usada para fornecer energia a submarinos e porta-aviões nucleares - é equivalente a 3,8 milhões de litros de gasolina.
Em geral, o urânio é formado em péletes (formato de pílula) com diâmetro próximo ao de uma moeda de R$0,10 e espessura de 2,5cm. Estes péletes são dispostos em hastes longas agrupadas em feixes, os quais ficam submersos em água dentro de um recipiente de pressão. A água, por sua vez, tem a função de refrigerar o sistema.
Para que o reator funcione, o feixe precisa ser levemente supercrítico. Isso significa que, caso fosse deixado sozinho, o urânio derreteria. Portanto, para que isso não ocorra, são inseridas no feixe hastes de controle (também chamadas de hastes de comando ou, ainda, barras de controle), as quais são feitas de material capaz de absover os nêutrons, utilizando um dispositivo que pode abaixar e/ou elevar as hastes.
Assim, elevar e baixar as hastes controla o nível das reações nucleares. Portanto, quando se deseja maior produção de calor a partir do núcleo de urânio, as hastes são elevadas para fora do feixe, enquanto para produzir menor quantidade de calor, as hastes são abaixadas dentro do feixe. Além disso, as hastes possuem outras funções: baixá-las totalmente dentro do feixe podem desligar o reator, no caso de um acidente, ou tornar possível a troca de combustível.
O calor liberado durante a reação nuclear é responsável pelo aquecimento da água, a qual é transformada em vapor. Esse vapor aciona uma turbina, a qual faz girar um gerador, responsável por produzir a energia.
Em algumas usinas, o vapor do reator passa através de um trocador de calor intermediário a fim de transformar a água de um outro circuito em vapor, o qual será o responsável pelo acionamento da turbina a vapor. Além disso, em alguns reatores, o fluido de resfriamento é um gás (CO2) ou metal líquido, permitindo que o núcleo seja operado em temperaturas mais elevadas.
A estrutura atômica é composta por três partículas fundamentais: prótons (com carga positiva), nêutrons (partículas neutras) e elétrons (com carga negativa).
Toda matéria é formada de átomo sendo que cada elemento químico possui átomos diferentes.
A eletricidade chega às nossas casas através de fios e da movimentação de partículas negativas que fazem parte dos elétrons, que circulam pelos fios.
No núcleo de um átomo estão os prótons e os nêutrons e, girando em torno desse núcleo, estão os elétrons.
Cada núcleo de um determinado elemento químico tem o mesmo número de prótons.
Esse número define o número atômico de um elemento e determina sua posição na tabela periódica.
Em alguns casos acontece de um mesmo elemento ter átomos com números diferentes. Esses são chamados de isótopos.
Além dos nêutrons, elétrons e prótons, que são as partículas subatômicas mais conhecidas, existem outros tipos de elementos com as mesmas condições.
Veja abaixo as 7 partículas subatômicas mais importantes:
Neutrino
Neutrino é uma partícula subatômica neutra, sem carga elétrica. Ou seja, que não interagem com as demais partículas da natureza. Depois dos fótons, por exemplo, o neutrino é considerado a partícula elementar mais presente em todo o Universo.
Tal partícula se divide em três variedades, ou seja, o neutrino do elétron, o neutrino do múon e o neutrino do tau. Nesse sentido, é importante destacar que cada partícula lépton possui uma antipartícula, neste caso, um antineutrino.
Elétron
Os elétrons, aliás, foram as primeiras partículas subatômicas descobertas. Eles são parte da constituição de um átomo e se localizam em movimento ao redor do núcleo, nas camadas eletrônicas.
Quarks
Tratam-se de partículas elementares e um dos dois elementos básicos que constituem a matéria. Os Quarks formam partículas compostas, denominadas de hádrons, que estão sempre associados uns aos outros. São divididos em seis tipos:
- Up – com carga de + 2/3
- Down – com carga de – 1/3 constituem os prótons e os nêutrons
- Charm – com carga de + 2/3
- Strange – com carga de – 1/3
- Bottom – com carga de – 1/3
- Top – com carga de + 2/3, é aproximadamente 200 vezes mais pesado que um próton
Glúon
Essas partículas fundamentais agem como partículas de troca, fazendo uma força forte entre os quarks. São responsáveis por levar a carga de cor da interação forte, ou seja, interação entre quarks e glúons.
Bósons da força fraca
São formados pelos componentes W-, W+ e Z, os quais possuem mais de 86 vezes o peso de um próton inteiro. Inclusive, no início do Universo, foram associados a outras partículas, que juntas formavam a eletrofraca.
Fóton
São conhecidos como as partículas que formam a luz visível. A sua força eletromagnética é a principal responsável por manter os elétrons em torno do núcleo. Nesse sentido, é ela que determina as ligações químicas dos átomos e moléculas.
Gráviton
Em síntese, trata-se de uma partícula elementar hipotética, responsável pela transmissão da força da gravidade na maioria dos modelos da teoria quântica. É considerada hipotética por não ser, ainda, compreendida pela física quântica.
E ai, gostou dessa matéria? Se sim, confira mais sobre Quarks, constituintes elementares dos prótons e neutrôns.
Os Radioisótopos são formados por Isótopos, que são átomos com o mesmo número atômico e diferente número de massa.
Existem dois tipos de Isótopos: os radioativos e não-radioativos. Compreender a origem, a presença e a diferença de isótopos em nosso meio ambiente nos dá condições de conhecer os limites naturais de segurança radiológica. Podemos então projetar a obtenção, o uso, ou seja, usar estes isótopos de modo seguro.
Veja os exemplos:
Carbono:
12C6 14C6
Os isótopos do elemento Carbono possuem o mesmo número atômico, mas diferentes massas. O Carbono 14 é um radioisótopo artificial, embora também exista na atmosfera, já o Carbono 12 é o mais comum na natureza.
O Carbono 14 é denominado de contador radioativo do tempo, este processo é útil para revelar a idade de plantas, múmias e fósseis.
Hidrogênio:
1H1 2H1 3H1
O Hidrogênio com massa 1 é o mais abundante na natureza e não é radioativo. O Hidrogênio com número de massa 2 é radioativo e dá origem às bombas de hidrogênio, já o Hidrogênio com massa 3, ocorre em quantidades menores e é também radioativo.
Urânio:
238U92 235U92
O Urânio 235 é radioativo e é usado para construir os reatores nucleares e as bombas atômicas.
Cobalto:
59Co27 60Co27
O Cobalto com número de massa 59 é o isótopo natural, já o Cobalto 60 é fabricado de modo artificial pelo bombardeamento do isótopo 59 com nêutrons, é aplicado no tratamento de tumores.
Os isótopos estão sendo cada vez mais utilizados, e de formas variadas: na agricultura, na engenharia, na medicina, etc. Vale lembrar que os radioisótopos (isótopos radioativos) apresentam um alto grau de periculosidade e por isso são manipulados com o auxílio de robôs.
Por Líria Alves
Graduada em Química
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