Geografia
1º ano - Profª Maria do Carmo
Alunos, estamos chegando ao final de mais um bimestre e para revisar o conteúdo, aqui vão algumas dicas!
Por que é tão importante estudar diariamente? Vamos entender o motivo conhecendo alguns tipos de memória:
Memória de curtíssimo prazo: é aquela que dura apenas alguns segundos. Usamos quando gravamos momentaneamente o número de um celular, ou um número qualquer.
Memória de curto prazo: é a capacidade para manter a informação ‘ativa’ e utilizá-la por um breve período (dura algumas horas ou dias). A informação desaparece rapidamente porque o cérebro a considera como “não merecedora do armazenamento”.
Memória de longo prazo: também chamada de memória de armazenamento, é a capacidade para reter a informação por um tempo indeterminado e utilizá-la sempre que necessário. Ela é ilimitada e resgatável.
Decorar bem diferente de memorizar!
Estudar diariamente é muito importante para o processo de aprendizagem. Quando fazemos as tarefas no dia em que elas são passadas, revisamos o conteúdo trabalhado em classe. Desta forma, transformamos as informações em aula em aprendizado na memória de longo prazo.
Decorar é uma atividade de repetição mecânica; em geral é usada pela memória de curto prazo.
Memorizar envolve um armazenamento de informações em conjunto com o aprendizado. Memorizar é uma forma de aprender e assimilar.
A melhor forma para memorizar algo é executando.
Praticar, viver, relembrar aquilo que foi ensinado.
PARA FACILITAR siga o pequeno roteiro de construção de resumo:
LER
LER EM VOZ ALTA
GRIFAR – só as partes mais importantes do texto
ESCREVER – PODE SER COM AS SUAS PALAVRAS OU COPIADAS DO LIVRO.
RELER O QUE ESCREVEU
Mapa conceitual ou mapa mental
Como fazer?
Primeiro você localiza a ideia central do conteúdo, o foco temático de onde estão todas as outras referências, conceitos e palavras. Ele pode ser um desenho ou uma palavra que sintetize a ideia. Deve estar situado no centro da folha.
Depois pense sobre as divisões mais importantes derivadas do tema e através de setas, balões, desenhos etc. Complete o mapa destacando as ideias principais e secundárias.
Dica: para conseguir essa divisão, fica mais fácil se tentar elaborar respostas para as seguintes perguntas: Quem? Quando? Qual? Onde? Como? Para quê? Por quê? Escreva as respostas para essas perguntas ao redor do foco temático, em cores diferentes.
Importante: o mapa conceitual ou mental deve proporcionar, em primeira análise a identificação do FOCO (tema central) e suas ideias principais e secundárias. Deve ter aparência agradável, mas, a beleza estética não pode tomar grande parte do tempo do estudo.
1º ano - Profª Maria do Carmo
Alunos, estamos chegando ao final de mais um bimestre e para revisar o conteúdo, aqui vão algumas dicas!
Por que é tão importante estudar diariamente? Vamos entender o motivo conhecendo alguns tipos de memória:
Memória de curtíssimo prazo: é aquela que dura apenas alguns segundos. Usamos quando gravamos momentaneamente o número de um celular, ou um número qualquer.
Memória de curto prazo: é a capacidade para manter a informação ‘ativa’ e utilizá-la por um breve período (dura algumas horas ou dias). A informação desaparece rapidamente porque o cérebro a considera como “não merecedora do armazenamento”.
Memória de longo prazo: também chamada de memória de armazenamento, é a capacidade para reter a informação por um tempo indeterminado e utilizá-la sempre que necessário. Ela é ilimitada e resgatável.
Decorar bem diferente de memorizar!
Estudar diariamente é muito importante para o processo de aprendizagem. Quando fazemos as tarefas no dia em que elas são passadas, revisamos o conteúdo trabalhado em classe. Desta forma, transformamos as informações em aula em aprendizado na memória de longo prazo.
Decorar é uma atividade de repetição mecânica; em geral é usada pela memória de curto prazo.
Memorizar envolve um armazenamento de informações em conjunto com o aprendizado. Memorizar é uma forma de aprender e assimilar.
A melhor forma para memorizar algo é executando.
Praticar, viver, relembrar aquilo que foi ensinado.
PARA FACILITAR siga o pequeno roteiro de construção de resumo:
LER
LER EM VOZ ALTA
GRIFAR – só as partes mais importantes do texto
ESCREVER – PODE SER COM AS SUAS PALAVRAS OU COPIADAS DO LIVRO.
RELER O QUE ESCREVEU
Mapa conceitual ou mapa mental
Como fazer?
Primeiro você localiza a ideia central do conteúdo, o foco temático de onde estão todas as outras referências, conceitos e palavras. Ele pode ser um desenho ou uma palavra que sintetize a ideia. Deve estar situado no centro da folha.
Depois pense sobre as divisões mais importantes derivadas do tema e através de setas, balões, desenhos etc. Complete o mapa destacando as ideias principais e secundárias.
Dica: para conseguir essa divisão, fica mais fácil se tentar elaborar respostas para as seguintes perguntas: Quem? Quando? Qual? Onde? Como? Para quê? Por quê? Escreva as respostas para essas perguntas ao redor do foco temático, em cores diferentes.
Importante: o mapa conceitual ou mental deve proporcionar, em primeira análise a identificação do FOCO (tema central) e suas ideias principais e secundárias. Deve ter aparência agradável, mas, a beleza estética não pode tomar grande parte do tempo do estudo.
Leia o texto com atenção e sintetize suas ideias em seu caderno para facilitar sua compreensão e entendimento do conteúdo.
2º bimestre
Objetivos:
Aplicar os conceitos de fluxos e redes geográficas
Analisar as desigualdades relativas ao conhecimento técnico e tecnológico produzido pelas diversas sociedades em diferentes circunstâncias espaço-temporais
Definir e descrever os órgãos multilaterais e seu papel na ordenação das relações conflituosas, como o comércio
Reconhecer e descrever a importância do papel das corporações transnacionais na ordem econômica mundial contemporânea e sua estruturação em redes geográficas
A globalização e as redes geográficas e Organismos econômicos internacionais
O espaço geográfico, segundo muitas abordagens, constrói-se e articula-se a partir das redes. Milton Santos fez reconhecidas constatações sobre a importância, complexidade e hierarquização das redes geográficas, formadas, segundo ele, por um conjunto de pontos fixos interligados por meio dos fluxos. Nesse ínterim, formam-se diversos tipos e subtipos, como as redes de transportes, as digitais, as urbanas, entre outros exemplos.
Portanto, em uma definição mais abrangente, podemos entender as redes geográficas como um conjunto de locais da superfície terrestre conectados ou interligados entre si. Essas conexões podem ser materiais, digitais e culturais, além de envolver o fluxo de informações, mercadorias, conhecimentos, valores culturais e morais, entre outros.
Com o processo de Globalização, podemos dizer que as redes – ou, pelo menos, muitas delas – ganharam um maior alcance e abrangência no espaço geográfico mundial. Todavia, o acesso e o poder de difusão dessas redes dependem das diferentes hierarquias nas sociedades, constituídas pelo poder econômico ou político. Assim, quem possui mais recursos ou poder possui uma maior possibilidade de usufruir da estrutura das redes geográficas.
É preciso observar que a estruturação e a evolução das redes perpassam, impreterivelmente, pela evolução das técnicas e tecnologias. No século XIX, as transformações proporcionadas pelas revoluções industriais propiciaram um fundamental avanço das redes de transportes, incluindo os modais rodoviários e ferroviários. Desse modo, cidades distantes passaram a estar interligadas entre si, o que se estendeu para pontos situados, até mesmo, em continentes distintos.
A Revolução Técnico-Científica Informacional também intensificou sobremaneira a expansão das redes, incluindo a própria rede de transportes, por meios dos aviões e jatos mais avançados. A formação das redes digitais e os avanços nas redes de comunicação tornaram-se grandes marcos para esse período. Assim, em tempo real, comunicados e transações financeiras ocorrem e notícias importantes são divulgadas; até reuniões de negócios não mais necessitam da presença física de todos os seus participantes, o que exemplifica o grau de avanço técnico das redes.
A importância das redes geográficas deu-se também para o avanço do sistema capitalista financeiro, que, para muitos, ganhou o status de capitalismo informacional. A expansão das empresas multinacionais encontra-se bastante facilitada, incluindo a formação das holdings, que são agrupamentos entre empresas interligadas em redes internacionais.
As redes possuem papel ativo na configuração do espaço geográfico, e isso se estabelece de forma mais nítida na constituição das hierarquias no cerne das próprias redes. Um exemplo é a rede urbana, que se define de local ao global nos mais diversos níveis hierárquicos, desde as cidades globais mais avançadas até os centros regionais dos países periféricos. Assim, o que se percebe nas diferentes redes geográficas é a constituição de “nós” formados por tamanhos diferentes, ou seja, alguns com mais fluxos dos que os outros.
As redes geográficas são, afinal, um importante elo entre as diferentes partes do espaço geográfico que integram o sistema mundial em tempos de globalização. Assim, elas permitem e condicionam o transporte e difusão de inúmeros instrumentos técnicos, além de mercadorias, informações e conhecimentos, estando diretamente associadas à maioria dos elementos que compõem a vida cotidiana das sociedades.
O desenvolvimento das técnicas e a globalização
O desenvolvimento das técnicas na Terceira Revolução Industrial acelerou o processo de globalização.
Países como Brasil, Argentina e México esperaram quase cem anos para iniciar o processo de industrialização e desenvolvimento das técnicas, esse atraso é denominado de industrialização tardia, tendo em vista que a primeira Revolução ocorreu na Inglaterra no final do século XVIII, início do século XIX.
Muita coisa mudou após a primeira Revolução industrial, houve uma evolução nas técnicas, que favoreceu o desenvolvimento e deu origem ao período atual, que é denominado de terceira Revolução Industrial (técnica, científica, informacional); e um incremento nos meios de comunicação, que acelerou o processo de globalização.
O papel do capital na Economia Globalizada
Capital Produtivo: Investimentos em longo prazo, capital aplicado na cadeia produtiva, como construção de indústrias e fábricas.
Capital Especulativo: Geração de lucros em curto prazo, esse capital é voltado para a aplicação em bolsas de valores, no comércio de ações, compra e venda de câmbio (moedas) e compra de títulos de dívida pública.
Esse tipo de investimento é bastante praticado atualmente por causa dos meios de comunicação, que diminuíram as distâncias; hoje é possível verificar através da internet, televisão e jornais os melhores mercados de investimento.
As transnacionais
São grandes empresas ou grupos empresariais que atuam fora de seu país de origem, e que têm expandido seus fluxos de capitais, além de atuar de forma determinante nas economias fragilizadas onde estão instaladas.
Transformações no sistema de produção
Fordismo: Prática de produção industrial, criada por Henry Ford, que adotou um sistema de produção onde o trabalhador permanecia parado e o produto se locomovia em uma esteira rolante, esse procedimento tinha como finalidade diminuir o tempo de produção e aumentar a produtividade.
Novas relações de trabalho
O desemprego tem provocado um novo ramo de atividade chamado de setor informal. Os trabalhadores informais são aqueles que, desempregados, trabalham na informalidade, como os lavadores e vigias de carros, diaristas, vendedores ambulantes etc. Essa atividade também é chamada de subemprego ou desemprego disfarçado, já que os trabalhadores não têm direito à 13º salário, férias, seguro desemprego, aposentadoria e todos os outros direitos previstos pela Constituição Federal.
Vantagens e desvantagens da Globalização
Existem vários elementos que podem ser citados como vantagens e desvantagens da Globalização, a depender da ótica em que se analisa esse fenômeno.
O processo de Globalização encontra-se, a cada dia, mais avançado, intensificando-se e difundindo-se por todo o mundo. Tal fenômeno representa a integração, em nível mundial, das diferentes localidades através dos avanços promovidos no campo das comunicações e nos transportes, proporcionando uma relação global em níveis econômicos, culturais, políticos e, consequentemente, sociais.
Existem, dessa forma, muitos daqueles que admiram e consideram importante o fenômeno de mundialização das sociedades, havendo, por outro lado, aqueles críticos que a consideram prejudicial. Fala-se, portanto, da existência de vantagens e desvantagens da Globalização, embora a definição do que seria cada um desses “lados” dependa de quem promove a sua análise.
Em um esforço de síntese das várias conclusões já realizadas, destacaremos, então, as principais vantagens e desvantagens da globalização respectivamente. Vale esclarecer, contudo, que essa análise não é um consenso, podendo haver discordâncias sobre qualquer um dos elementos apresentados.
Vantagens da Globalização
Entre as vantagens da Globalização, a primeira e mais óbvia de todas a serem citadas é a diminuição das distâncias e do tempo, assinalando um fenômeno que David Harvey chamou de “compressão espaço-tempo”. Isso ocorreu graças aos avanços tecnológicos no campo da comunicação e dos meios de transporte, cada vez mais rápidos e eficientes, fruto principalmente da Revolução Técnico-Científica-Informacional. Tal configuração permitiu a difusão de notícias e conhecimentos de forma mais rápida, transpondo barreiras físicas e políticas em todo o mundo.
Outro aspecto que pode ser considerado positivo da Globalização é a redução do preço médio dos produtos, embora essa não seja uma característica constante. Através da maior integração política mundial, entre outros elementos (como a formação dos Blocos Econômicos), muitos produtos tornaram-se mais baratos e mais abundantes, sendo largamente difundidos em todo o planeta. Em muitos casos, produtos industrializados têm seus processos produtivos descentralizados em várias partes do mundo, o que contribui para a diminuição dos custos.
Os avanços no campo científico e do conhecimento também são notórios. Hoje, por exemplo, se há uma nova descoberta no campo da medicina realizada em algum país, o restante do mundo passar a ter conhecimento dessa novidade quase que em tempo real. Informações diversas sobre dados econômicos, políticos e sociais também se dispersam rapidamente, contribuindo para o avanço de muitas áreas do saber. Não por acaso, o sociólogo espanhol Manuel Castells afirma que estamos vivendo na “sociedade do conhecimento”.
No campo financeiro, a Globalização também apresenta aquilo que podemos considerar como vantagens. Destacam-se, nesse ínterim, os investimentos mais facilitados e que podem difundir-se por todo o globo; a maior disponibilidade de meios para gerir empresas e governos; a possibilidade de maiores e mais amplos tipos de financiamentos de dívidas fiscais; a integração do sistema bancário mundial, entre outros aspectos.
Desvantagens da Globalização
Entre as desvantagens da Globalização, é preciso lembrar que, muitas delas, são creditadas não tão somente a esse processo em si, mas também e principalmente ao sistema capitalista, ao qual a Globalização está intrinsecamente ligada. Na verdade, para o mundo, ela é apenas a mundialização do sistema capitalista e a difusão de valores dominantes para toda a sociedade global, concepção que fundamenta boa parte das críticas promovidas.
A primeira grande desvantagem do processo de Globalização, na visão de seus críticos, é a forma desigual com que ela se expande, beneficiando, quase sempre, as localidades economicamente mais desenvolvidas e chegando “atrasada” ou de forma “incompleta” a outras regiões, tornando-as dependentes economicamente.
Outra desvantagem, também referente à desigualdade, está no ritmo e no direcionamento dos fluxos de informações. Algumas regiões, principalmente aquelas pertencentes a países desenvolvidos, conseguem expandir mais facilmente seus valores e suas informações, algo que não ocorre com regiões mais periféricas. Assim, por exemplo, as culturas francesa, americana ou inglesa são facilmente reconhecidas em todo o planeta, já outras culturas são marginalizadas ou até relegadas ao ostracismo, porque seus locais de origem não conseguem transmiti-las pelos meios de expansão da globalização.
No campo econômico, novamente a questão da desigualdade emerge como cerne das críticas direcionadas à globalização. A expansão das empresas multinacionais – apesar de conseguir diminuir os preços – é um duro golpe à livre concorrência, haja vista que poucas instituições passam a controlar boa parte do mercado mundial. Além disso, o deslocamento das fábricas permite a aquisição de matérias-primas mais baratas e o emprego de mão de obra mais em conta, reduzindo os salários e contribuindo para a desregulamentação progressiva das leis trabalhistas.
A Globalização também apresenta desvantagens no campo financeiro, principalmente na forma com que ela consegue disseminar, rapidamente, crises econômicas especulativas. A crise imobiliária dos Estados Unidos de 2008, por exemplo, foi rapidamente sentida na Europa e, por extensão, em várias outras partes do mundo, provocando um colapso total dos sistemas de especulação em todo o planeta, ampliando taxas de desemprego e de dívidas públicas.
Por fim, cita-se também como desvantagem da Globalização a questão ambiental, pois o ritmo consumista cada vez mais intensificado que se estabeleceu no mundo contribuiu para uma maior exploração dos recursos naturais, além de uma progressiva aceleração do processo de poluição do ar, das águas e dos meios produtivos, como o solo. O aquecimento global ou a devastação das florestas são argumentações constantes quanto a esse fator.
Atualmente, existem muitos movimentos antiglobalização que centram suas críticas a essas desvantagens apresentadas e também a outros aspectos, como o protecionismo comercial e o imperialismo político-econômico dos países desenvolvidos.
Meio técnico-científico-informacional
Do meio natural ao meio técnico-científico-informacional, transformações profundas no espaço ocorreram instrumentalizadas pela evolução das técnicas e dos objetos.
Os seres humanos estão sempre utilizando o meio em que vivem, sobretudo os elementos disponíveis na natureza, seja no seu consumo direto, seja para a sua transformação em mercadorias ou produtos manufaturados. Para isso, ele utiliza as diferentes técnicas, que envolvem as formas e os instrumentos utilizados para melhor produzir e transformar o espaço geográfico.
Desse modo, se a utilização das técnicas é uma questão fundamental para a transformação do espaço, a forma como tais técnicas evoluem e modificam-se ao longo do tempo também produz consequências diretas nas estruturas espaciais que envolvem as sociedades. Por esse motivo, estabelece-se uma periodização do meio desde a sua gradativa transformação pelas atividades humanas, indo desde o meio natural, passando pelo meio técnico e finalmente alcançando o meio técnico-científico-informacional — classificação concebida pelo finado geógrafo brasileiro Milton Santos em várias de suas obras publicadas.
Meio natural
O meio natural seria o estágio inicial do processo de produção das atividades humanas. Nesse longo período que marcou o início e a formação das primeiras civilizações, bem como o avanço de todas as sociedades pré-industriais ou não industrializadas, as práticas sociais eram inteiramente dependentes do meio natural.
Nesse sentido, a interferência do ser humano sobre o ambiente era de pouco impacto, de forma que era mais a natureza que condicionava as práticas econômicas, e não o contrário. Dessa maneira, a capacidade de recomposição da natureza era maior, haja vista que a capacidade do homem de ocupar e promover alterações em um amplo espaço era relativamente limitada.
Mas isso não impediu que práticas importantes ainda hoje utilizadas fossem desenvolvidas. Assim, várias técnicas agrícolas e pecuárias foram elaboradas, muitas delas ainda vistas como formas de preservar os solos, tais como o terraceamento. As técnicas da pecuária também passaram pelo mesmo ideário.
Meio técnico
Com o passar do tempo, as técnicas e os objetos técnicos foram sendo mais bem desenvolvidos à medida que o conhecimento humano expandia-se, o que propiciou a formação das bases que consolidaram a ascensão do meio técnico, cujo marco principal envolveu as duas primeiras revoluções industriais. Com isso, o espaço transformou-se em um espaço mecanizado, dotado de uma gama cada vez mais ampla de bens artificiais e mecanizados, em vez de simplesmente culturais.
Dessa forma, o ser humano ganhou uma renovada capacidade de enfrentar e, em alguns casos, de manter certo controle sobre as leis da natureza, com uma maior possibilidade de transformá-la em larga escala.
Meio técnico-científico-informacional
Atualmente, diz-se que estamos vivenciando não mais um meio puramente mecanizado ou tecnicista, mas um meio também marcado pela maior presença das descobertas científicas e das tecnologias da informação, o meio técnico-científico-informacional. Ele representa, sobretudo, o período que se manifestou de maneira mais acabada a partir dos anos 1970 como consequência da Terceira Revolução Industrial, também conhecida como Revolução Técnico-Científica-Informacional.
O principal marco desse momento é a união entre ciência e técnica pautada sob os auspícios do mercado. Não que já não houvesse uma aproximação entre as produções científicas e as evoluções das técnicas, mas somente agora tal inserção encontra-se em um sentido de complementaridade, de extensão de uma em relação à outra. Nesse ínterim, todo objeto é técnico e informacional ao mesmo tempo, pois carrega em si uma ampla estrutura de informações.
Tal avanço permitiu a consolidação do processo de globalização, mais bem compreendido como uma mundialização da difusão de técnicas e objetos, parâmetro que possui a informação como a principal energia motora de seu funcionamento. Tal fator proporciona alterações não só do espaço geográfico em si, mas da forma como o percebemos e lidamos com ele.
Por fim, e não menos importante, é importante compreender que tais transformações não se manifestam pelo mundo de maneira homogênea, isto é, não se consolidaram em todas as partes do planeta de maneira igualitária. Aliás, o desenvolvimento das diferentes técnicas em um número restrito de localidades permitiu o avanço das desigualdades e a intensificação das relações de dependência política e econômica entre os diferentes espaços.
Empresas Transnacionais
As empresas que instalam filiais fora de seu país de origem são classificadas como empresas transnacionais
Empresas que possuem matriz em seu país de origem e atuam em outros países através da instalação de filiais, são classificadas como empresas transnacionais. O termo transnacional substitui o termo multinacional, pois o último pode ser interpretado como se a empresa pertencesse a várias nações, já o primeiro relaciona-se ao fato de a empresa ultrapassar os limites territoriais de sua nação para atuar no mercado exterior.
As primeiras empresas transnacionais surgiram no final do século XIX, entretanto, só atingiram o auge de atuação mundial após a Segunda Guerra Mundial. A maior parte das empresas transnacionais é de origem de países industrializados, que após terem conquistado o mercado interno montaram filiais em outros países, principalmente nos países em desenvolvimento.
para os países em desenvolvimento, a instalação dessas empresas em seu território é um fator positivo, pois gera novos postos de trabalho, além de promover a industrialização na região.
Por sua vez, as transnacionais utilizam como critérios para montar suas filiais, locais com potencial de mercado consumidor, infraestrutura, matéria-prima, energia e mão de obra barata, além de possíveis doações de terrenos e isenções de impostos.
Os investimentos realizados por essas empresas são elevados, e o retorno financeiro é satisfatório em decorrência de uma série de motivos que foram citados anteriormente. O lucro é destinado a investimentos para a instalação de novas filiais, e outra parte é direcionada à matriz.
A globalização é um processo de fundamental importância para a atuação das empresas transnacionais, pois proporciona todo o aparato tecnológico para os serviços de telecomunicação, transporte, entre outros, fatores essenciais para a realização eficaz das atividades econômicas em escala global.
Atualmente há registro de, aproximadamente, 40.000 empresas transnacionais em atividade, sendo a maioria originária dos países industrializados, no entanto, existem empresas de origem indiana, mexicana e brasileira.
Vantagens
-Mão-de-obra barata; (trabalhadores nos países desenvolvidos “custam” mais caro)
-Salários baixos; (os salários são às vezes 60 ou 50 vezes mais baixos do que nos desenvolvidos)
– Terceirização de atividades;
-Baixo custo das matérias-primas;
– Existência de leis trabalhistas e ambientais menos rigorosas;
– Redução ou mesmo a isenção de impostos;
– Facilidade com os lucros e o envio ao país de origem;
-Mercado consumidor.
Desvantagens
– Geram uma sociedade de consumo;
-Poluem o país, afinal levam o lucro para o país deles, mas a poluição fica.
-Dependência econômica e tecnológica;
– Falta de investimentos de alta tecnologia, afinal as empresas instaladas nesses países atuam nos setores tradicionais como, têxtil, siderúrgico, alimentício. E as que utilizam mão-de-obra altamente qualificada continuam nos países ricos e desenvolvidos.
Essa situação, inclusive aumenta ainda mais a distância entre desenvolvidos e subdesenvolvidos, ou seja, as desigualdades socioeconômicas entre os países do mundo.
O que é OMC?
A OMC é a Organização Mundial de Comércio e tem como característica ser uma referência de relação entre países, onde eles podem ter oportunidades de discutir sobre as estruturas comerciais do mundo, criando regras e acordos sobre o comércio. Em outras palavras, podemos dizer que é um órgão que regula as relações comerciais entre os países.
A história da OMC
A organização foi criada em 1995, substituindo o antigo Acordo Geral de Tarifas e Comércio – GATT, que por sua vez foi criado em 1947 e desde então era a base para as negociações comerciais e discussões sobre o mercado.
Após sua substituição para a OMC, a organização se tornou a administradora das regras para o livre comércio mundial, sendo fundamental na gestão dos debates entre os países participantes.
Importância da OMC
A criação da organização foi muito importante para o estabelecimento das regras comerciais entre países. Visto que o GATT não era de fato uma organização internacional, mesmo que desde a sua criação, tenha administrado as propostas e acordos comerciais entre países.
Com a OMC foi possível agregar várias pautas que antigamente era excluídas dos debates, como a agricultura e os produtos têxteis. Para desfazer essa situação, a organização, criou acordo para colocar a inclusão desses assuntos nas discussões, com um tratado sobre acessos ao mercado agrícola e subsídios aos produtos dele.
Ou seja, a organização tem influência direta no mercado de Comércio Exterior gerando debates sobre o livre comércio e ocasionalmente importante decisões econômicas. Sendo assim, é de extrema importância ficar atento a cada acordo feito e o que ele pode impactar na economia dos países que fazem parte da organização.
Estrutura da Organização Mundial do Comércio
A estrutura da OMC tem na sua ponta a conferência ministerial que se reúne a cada dois anos. O órgão máximo que decide todas as negociações é o conselho geral, que ocasionalmente se reúne com os países como o Órgão de soluções de controvérsias e como Órgão de Revisão de Políticas Comerciais. Abaixo dessas estruturas há muitos comitês, subcomitês e grupos que coordenam acordos menores.
A organização mantém a característica que já vinha do GATT, onde em cada reunião feita as propostas decididas sejam de consenso. O acordo ainda dá a possibilidade de decisões por votação, mas somente nos casos de aceitação por 2/3 dos votos gerais dos países.
Princípios da OMC
Para manter um mercado internacional transparente e livre, foram criados ainda pelo GATT princípios básicos, no qual são usadas até hoje pela organização, que delimita as políticas do Comércio Exterior dos países, conheça elas:
Princípio 1 – Não discriminação:
Princípio básico da OMC. A nação mais favorecida é obrigada a estender um acordo a todos os países participantes, sem se restringir a determinadas nações e qualquer tratamento diferenciado.
Princípio 2 – Previsibilidade:
Os executores do Comércio Exterior precisam de previsibilidade de regras do mercado comercial, tanto de importação como em exportação, para conseguirem desenvolver as suas atividades. Para garantir isso, é necessário a manutenção dos acordos, principalmente tarifários.
Princípio 3 – Concorrência leal
A OMC tenta coibir práticas desleais e manter um mercado aberto e seguro. Para isso foram criados acordos que impedissem subsídios e práticas de dumping que é prática comercial que consiste em um país vender seus produtos, mercadorias ou serviços por preços extraordinariamente abaixo de seu valor justo para outro país.
Para tal foram feitos acordos de subsídios e antidumpings, definindo medidas cabíveis para a utilização dessas práticas.
Princípio 4 – Proibição de restrições quantitativas
Como o nome diz, proíbe restrições quantitativas como meio de proteção aos países, exceto tarifas, por ser uma prática transparente.
Princípio 5 – Tratamento especial para países em desenvolvimento
Os países desenvolvidos renunciam à igualdade nas negociações tarifárias com países em desenvolvimento. Além disso, os acordos listam uma série de favorecimento para países que se encontram numa crescente econômica.
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