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quinta-feira, 13 de agosto de 2020

O que é um conto de Fadas?

 Os mitos e os contos de fadas

A Origem

Os mitos e os heróis, por fazerem parte do folclore de vários povos, e fazerem parte  da sabedoria popular, contem marcas da condição humana, por sua transmissão oral antes mesmo da escrita, Fica difícil precisar ao certo a origem dos contos de fadas. Porém, segundo a teoria do padre W. Shimidt (1946 apud FRANZ 1981), os temas permanecem praticamente inalterados no decorrer dos séculos. Segundo Coelho (1987), no início, os contos de fadas não eram uma literatura para crianças. O início dessa transformação teria ocorrido com Perrault , no século XVII, na França; com os irmãos Grimm no século XVIII, na Alemanha; com Andersen no século XIX, na Dinamarca;  com Walt Disney no século XX, Pixar no sec XXl.

Portanto, existem os contos de fadas Clássicos e os modernos,

Um exemplo de um conto de fadas clássico é A Bela Adormecida e um exemplo de um conto moderno é Frozen.

Responda as questões abaixo:

1-Você já assistiu  ou algum  conto de fadas Clássico? Quais?

2-Quais são os contos de fadas modernos que você já assistiu?

3-O que todos os contos de fadas tem em comum?

Leia o artigo  " A verdade sobre os contos de fadas", da Professora Gisele Leite para responder as perguntas acima e não se esqueçam de enviar a resposta pra página do facebook https://www.facebook.com/cosplayjanaina , ou buscar a atividade impressa na escola para responder,


 A verdade sobre os contos de fadas

Há um lado sombrio nos contos de fadas. Vale a pena observar, como por exemplo, João e Maria que escaparam de serem comidos por uma bruxa canibal, porém, muitas crianças não tiveram a mesma sorte. Aliás, o canibalismo[1] integra várias passagens da história e, assolou a Europa particularmente nos períodos de grandes fomes e crises.

Em verdade, os livros infantis estão repletos de violência, crimes, crueldade e, principalmente, pobreza. A história de João e Maria se dá no seio de família paupérrima, que de tanta miséria resolve abandonar seus filhos nas flores, pois os pais não conseguem mais alimentá-los.

As pobres crianças vagaram por dias pela floresta escura e fria até finalmente encontraram a casa de uma bruxa antropófaga. Logo em seu prefácio, os autores, os Irmãos Grimm  apontam que não se tratava de ficção e, sim, uma história baseada em fatos reais e que eram corriqueiros que eram o abandono de crianças em florestas e lugares inóspitos em pleno século XIX.

Aliás, a fome sempre esteve presente por muito tempo na história, e alguns momentos era tão extrema que não eram raros os registros de canibalismo para sobreviver. Tal fato é comprovado por antropólogos que encontraram vestígios de sangue humano em panelas pré-históricas e nas fezes fossilizadas de ancestrais.

Aliás, há uma história famosa, do rei inglês Ricardo Coração de Leão, líder da Terceira Cruzada, que ficou doente ao chegar à Terra Sagrada, e ficou implorando por carne de porco. Na falta de suínos, seus empregados acabaram assando um infiel – que o monarca achou uma delícia. “O quê? Carne de sarraceno é boa assim?”, disse. A história humana é mais indigesta do que parece.

Já em Cinderela observamos a mortalidade materna na hora do parto era recorde nos séculos passados. E, assim, existiam milhões de órfãos que eram criados por mulheres que não eram suas mães biológicas. Eram as madrastas que entraram no contexto para se tornarem as vilãs mais comezinhas.

As madrastas se notabilizaram por serem vilãs favoritas dos contos infantis. Atribui-se a culpa à nossa biologia anatômica. Pois, o ser humano é animal particularmente dotado de cabeça. E, os cérebros são responsáveis por 2,5% do nosso peso total, correspondendo a uma proporção muito maior do que as demais espécies tais como os cães, gatos ou mesmo elefantes.

E, como animal, o ser humano é cabeçudo e bípede. O equilíbrio ereto de nosso corpo foi adquirido ao longo da evolução, pois foi a modificação do quadril que se tornara mais estreito do que dos quadrúpedes. E, isso fez de nós, cabeçudos dotados de quadris estreitos, sendo especialmente apreciado nas mulheres por razões estéticas e para prover gestações futuras.

Aliás, na hora do parto verifica-se a dificuldade em espremer uma cabeça tão grade por um quadril pequeno, o que torna os nascimentos humanos muito perigosos do que do restante do reino animal.

Antes da cesárea e dos procedimentos cirúrgicos facilitadores do parto, as taxas de mortalidade das mães eram expressivas. No século XVII, a cada mil partos, vinte e três por cento das mães morriam na hora do parto. O ato de parir era especialmente perigoso tanto que a expectativa de vida feminina em França do século XIX era de apenas vinte e cinco anos. E, no Reino Unido, nos séculos anteriores (séculos XVI e XVII) a taxa de mortalidade das esposas no primeiro quinquênio de casamento eram setenta por cento maior do que a dos maridos.

Devido a mortalidade materna ser muito alta, justifica-se a existência das madrastas más nos contos de fadas. Quando a mulher morria durante o parto, era comum que deixasse para atrás filhos mais velhos que o viúvo teria que cuidar. Em França do século XVII, quase oitenta por cento dos homens casavam pela segunda vez, o que favoreciam a existência de enteados a serem cuidados pelas segundas esposas.

A história de Branca de Neve demonstra que as feiticeiras estavam por toda parte e, na vida real poderiam ser senhoras, idosas, sozinhas e muitas vezes eram queimadas vivas pelos crimes que poderiam cometer. Havia um reino distante, existiu um rei que estava prometido para a princesa de um reinado vizinho. Estavam prometidos e se casariam em breve, mas a princesa viria de barco para encontrá-lo.

Porém, coincidentemente todas as vezes, que tentava embarcar ocorria uma enorme tempestade que se formava no mar, e impedia de se juntar com o príncipe prometido. Então, o rei começou a suspeitar de bruxaria. Havia magia negra para impedir o dito casório. E, então descobrira um grupo grande bruxas que se reuniam toda a noite para invocar as forças maléficas e destruir o matrimônio real. Ficou tão furioso que determinou matar setenta feiticeiras de uma só vez, e finalmente, conseguiu concretizar o casamento.

Tal fato é verídico e ocorreu exatamente em 1591 quando o rei Jaime VI, da Escócia e, sua amada Princesa Ana da Dinamarca. O casal, finalmente, se casara somente em 1589 na Noruega, após o monarca ter assassinado dezenas de bruxas que supostamente tramavam para impedir o casamento.

As bruxas, de fato, existiram. Eram pessoas dotadas de nome, família e endereço, e eram bizarramente acusadas através de processos jurídicos reais de voar sobre vassouras e de se encontrar com o diabo e, outros feitos mirabolantes.

Durante a Idade Média registrou-se que mais de quarenta e cinco mil pessoas foram torturadas e mortas num período denominado de caça às bruxas, na Europa, particularmente entre os séculos XV a XVII.

Nos contos de fadas, as bruxas são mulheres superpoderosas que conseguiam enfeitiçar e perseguir os mocinhos. Basta recordar que como a madrasta de Branca de Neve se transformou em uma idosa inofensiva para ofertar-lhe uma maçã envenenada à princesa.

Porém, na vida real, somente as pessoas mais frágeis e esquecidas pela sociedade humana eram condenadas por bruxaria e, setenta e cinco por cento dessas eram mandadas para fogueiras, e a maior parte destas, tinha mais de cinquenta anos (que era uma idade considerada muito avançada naquela época.

Registra-se que no Reino Unido, quarenta por cento das bruxas eram viúvas. E, costumavam ser acusadas por feitiçaria, através de boatos geralmente começados por vizinhos e desafetos. Qualquer coincidência infeliz era suficiente para condenar alguém por magia negra.

E, se duas vizinhas discutissem durante a feira, por exemplo e, o filho de uma destas amanhecesse doente no dia seguinte, era o suficiente para a outra pessoa ser acusada de bruxaria. E, o contexto procedimental era bárbaro pois as acusadas eram torturadas até confessassem seus crimes. E, tinham dedos esmagados, membros estraçalhados, olhos furados, orelhas arrancadas e, eram impedidas de dormir, e, ainda, jogavam ácidos sobre as ditas bruxas.

Por vezes, eram afogadas ou dependuradas pelos braços amarrados atrás das costas. Evidentemente, para fazer cessar a dor, as mulheres confessavam coisas inacreditáveis, tais como teria feito sexo com o diabo, que voavam em vassoura e que lançaram feitiço em alguém. Uma mulher que tivesse algum filho com alguma deficiência, particularmente, deficiência mental, também eram comumente acusadas de terem dormido com o diabo e serem bruxas.

A história de Rapunzel em sua versão original, igualmente escrita pelos Irmãos Grimm, no século XIX, foi presa ainda infanta no alto de uma torre por uma bruxa terrível. Quando então se tornara adolescente, começou a receber visitas de um príncipe vizinho. E, foram tantas as visitas do príncipe, que misteriosamente as roupas de Rapunzel começaram a ficar apertada. A mocinha engravidara do príncipe encantado e veio a dar à luz de gêmeos pouco tempo mais tarde.

Já o caso de Branca de Neve reporta a uma cena onde ela estava dormindo e um estranho começava a beijar-lhe a boca. E, depois fora obrigada a casar com beijador. O beijo não consensual que paradoxalmente selou um destino que ironicamente seria feliz. E, tal fato tanto aconteceu com Branca de Neve como a Bela Adormecida. Atualmente, de acordo com o direito penal brasileiro tal beijo tipificaria crime de violência sexual.

O lado sombrio dos contos de fadas é que muitas vezes representavam histórias verdadeiras e, que não tinham sido escritos para as crianças, e evidenciavam violência, crueldade, pedofilia, incesto, mutilação e até canibalismo.

O surgimento e propagação dos contos de fadas se deu em pequenos vilarejos medievais situados principalmente na Alemanha, França, Polônia, Reino Unido, e tempos depois, foram adaptados pelos Irmãos Grimm e, depois pelo mundo mágico de Walt Disney.

A história de Chapeuzinho Vermelho que a priori nos apresenta como a doce e inocente menina que recebera tal nome por sempre se trajar com um capaz vermelho que fora feito por sua avó. Ao pegar a estrada, certo dia, até a casa de sua avó, para lhe levar deliciosa cesta de doces e pães.

Quando Chapeuzinho se depara com o Lobo Mau que chegou primeiro na casa de sua avó e a devorá-la, e, planejou enganá-la e também devorá-la, mas ao final do conto ambas são salvas por um bondoso caçador.

Em sua versão original, o lobo não somente devorava a velha avó, mas guardara seu sangue em garrafas para poder saborear enquanto comia a carne... e aguardava a menina chegar. O lobo se vestiu com os trajes da avó e oferecera carne e vinha à menina que aceitou sem de nada desconfiar.

Chapeuzinho Vermelho tem sido visto como uma parábola da maturidade sexual. Nesta interpretação, o manto vermelho simboliza o sangue do ciclo menstrual, enfrentando a "floresta escura" da feminilidade, ou mesmo representando a puberdade (com a avó ao fim do caminho simbolizando a idade avançada da mulher).

Ou a capa poderia simbolizar o hímen (versões anteriores do conto geralmente não afirmam que o manto é vermelho). Neste caso, o lobo ameaça a virgindade da menina (já que em algumas versões ele pede que ela tire a capa para sentar-se consigo na cama).

O lobo antropomórfico simboliza um homem, que poderia ser um amante sedutor, ou predador sexual (o que fica evidente na moral escrita por Perrault). Isso difere da explicação ritual em que a entrada na idade adulta é biológica, não socialmente determinada. Esta conotação sexual é muito forte, porém é velada nos antigos contos medievais.

A lenda é uma narrativa transmitida oralmente pelas pessoas e visava explicar acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais, misturando fatos reais com imaginários ou fantasioso e que vão se modificando através do imaginário popular.

Eis aí, a gênese dos contos de fadas, lenda vem do latim medieval que significa aquilo que deve ser lido. Inicialmente narravam as histórias de santos, mas estes conceitos, foram se transformando em histórias que compõem a cultura de um povo e suas tradições.

Em boa parte das vezes, as lendas procuraram fornecer as explicações para todos os acontecimentos e situações inclusive para as coisas que não apresentam explicação científica comprovada, como por exemplo, os supostos fenômenos sobrenaturais.

O Leviatã, por exemplo, aparece no folclore judaico como um monstro que engolira o profeta Jonas. E, no Livro de Jó é descrito como um enorme dragão que simbolizava o mal. Sua origem está na divindade cananeia Yam, deus do caos e do mar indomado. E, seu inimigo era Baal, o rei do céu. Hoje a palavra tem um sentido mundano em hebraico significando apenas baleia.

As principais características dos contos de fadas, são, saber:

*Transmitem uma lição de moral;

*Muitos iniciam por “era uma vez...” ou “há muito tempo...”;

*Tem figuras alegóricas: bruxos, magos, monstros, animais falantes, etc.;

*Possuem elementos de magia e encantos;

*Os personagens principais geralmente são membros da nobreza: príncipes, princesas, etc.;

*Presença de castelos, aldeias, florestas, isto é, o espaço geográfico de um feudo;

*São definidos por uma luta entre o bem e o mal;

*Geralmente terminam com um final feliz.

Há pelo menos seis lições de moral advindas dos contos de fadas que precisam ser redimensionadas. O ideal de amor somente para os casais perfeitos. Muitas vezes, tal entendimento só reforça estereótipos que somente os casais bonitos e bem construídos são fortes e prosperam. E, a lição do viveram felizes para sempre. O que reforça a noção de felicidade eterna.

E, atualmente conforme já pontificou Bauman, a sociedade humana tramita em plena liquidez, e os relacionamentos e casamentos cada vez estão durando menos, são praticamente descartáveis.

A ideia de fadas madrinhas que mudam vida, desprezando a necessidade de empreender esforços tanto físicos como intelectuais para alcançar a meta de sucesso e prosperidade. E, a vontade de esperar o príncipe encantado, colocando a própria felicidade nas outras pessoas, e não em nossas próprias mãos.

Outra noção equivocada é a de que se deve mudar seu jeito para conquistar o que tanto procura. A identificação do ideal de beleza como o bom e, o feio como o mal e diabólico.

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