Geografia - 1º
ano | Prof.ª Maria do Carmo
Orientações:
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O assunto deve ser: Geografia – 1º
ano, atividade semana 06.07 a 10.07 aluno: (preencher com seu nome, escola,
turma).
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Data para entregar a atividade: 10.07As atividades devem ser feitas no caderno,
tirar uma foto e enviar para o e-mail, mcarmoramos@prof.educacao.sp.gov.br
Atividade:
Leitura do texto e produção de resumo
identificando quais foram os pontos positivos e pontos negativos da saída do
Brasil da OMC.
Sem tratamento especial na OMC, Brasil
perde 'poder de barganha', mas ganha status de país desenvolvido;
Por Taís Laporta e Karina Trevizan G1 [https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/03/20/sem-tratamento-especial-na-omc-brasil-perde-poder-de-barganha-mas-ganha-status-de-pais-desenvolvido-entenda.ghtml].
Para especialistas, ao abrir mão do
tratamento diferenciado na OMC, país demonstrou que consegue negociar em
condições iguais com nações ricas; veja as implicações. O Brasil aceitou abrir
mão do tratamento especial que recebe na Organização Mundial do Comércio (OMC)
em troca, receberá o apoio dos Estados Unidos a sua entrada na Organização para
a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o "clube dos países
ricos".
O que está em jogo na relação entre o
Brasil e a OCDE: Na prática, o Brasil deve deixar de se autodeclarar como uma
economia emergente e aceita negociar com as nações ricas em condições de
igualdade nas relações comerciais.
O status diferenciado da OMC dá aos
países mais pobres alguns benefícios, como o direito a prazos mais longos nas
disputas e condições especiais para fechar acordos de livre-comércio. Cerca de
40 nações, dos 164 membros, possuem este status. Países como os EUA se opõem a
esta tratamento.
Menor poder de barganha: Para o
professor de relações internacionais e direito internacional do Ibmec, Vladimir
Feijó, a principal mudança para o Brasil é a perda do poder de barganha nas
disputas.
“O Brasil tem passado a imagem de que
está preparado para abrir mão do protecionismo. A indústria brasileira vê isso
com bons olhos, mas a agricultura resiste”, explica. Ao perder este tratamento,
o Brasil não poderá, por exemplo, recorrer à chamada “cláusula de habilitação”,
usada por países em desenvolvimento para facilitar os acordos de comércio,
explica a especialista em comércio internacional, sócia do escritório Barral M
Jorge Consultores Associados, Renata Amaral. Essa cláusula permite que, em
acordos de comércio, países desenvolvidos ofereçam tratamento diferenciado e
mais vantajoso a países em desenvolvimento. “Parece algo que será implementado
de forma gradual. A proposta dos EUA afeta o status do país nas negociações
atuais e futuras, mas não o que já foi acordado anteriormente e está em vigor”,
diz Renata. O Brasil nem sempre recorreu ao status especial em negociações
recentes. No caso de subsídios brasileiros ao setor agrícola, o país não aplica
o limite maior, de 10%, permitido aos países em desenvolvimento. As nações
desenvolvidas tem um limite ao redor de 5%. Para Renata, da Barral M Jorge, o
texto firmado entre os governos Bolsonaro e Trump poderia ter sido mais bem
elaborado. “Foi um golaço para os EUA em termos de comércio, e poderia ter sido
mais positivo para o país, por mais que seja algo vago e gradual. Não foi uma
negociação equilibrada”, afirma Renata.
Aumento de custos para o Brasil: O
fato de se considerar um país desenvolvido – e assim obter o apoio para
ingressar na OCDE – pode gerar um custo adicional para o Brasil, considera o professor
Feijó, do Ibmec. Isso porque os países mais ricos são mais cobrados a
contribuir para as organizações internacionais. "O fato de aderir à OCDE
vai gerar um gasto obrigatório para o governo custear a OCDE. O México paga em
torno de US$ 5 milhões por ano", explica o professor. "Só o futuro
dirá se isso vai trazer dinheiro para dentro a ponto de compensar pagar por
isso".
O Brasil já vinha sofrendo pressão
dentro do Banco Mundial (Bird) para perder o status de país em desenvolvimento
– o que dá a ele preferência na concessão de crédito, em detrimento de nações
mais ricas. Na ONU (Organização das Nações Unidas), o país também já foi
cobrado a aumentar sua contribuição, lembra Feijó. O Brasil é considerado pelo
Bird uma “upper level economy” (do inglês, economia de nível mais elevado), por
estar entre as 10 maiores do mundo.
Passo ousado: Para o economista chefe
da Austin Rating, Alex Agostini, a autodeclaração do Brasil como um país
desenvolvido na OMC foi um passo muito ousado. “Talvez o Brasil ainda não
esteja preparado para ser tratado em condição de igual para igual", diz. Na
visão de Agostini, o governo brasileiro quer demonstrar que está num ponto de
maturidade econômica e precisa abrir seu mercado. ”Talvez se queira demonstrar
que o país está no caminho para fazer os ajustes necessários”. O economista da
Austin Rating vê alguns riscos da retirada do status. Por exemplo, ter que
abrir mão de produção e abrir espaço para concorrentes em algumas áreas. “Isso
vai afetar produtores em alguns setores – esses sobre os quais vira e mexe a
gente vê briga na OMC. Aí você afeta preço e produtores podem perder mercado”,
aponta. Por outro lado, ele acredita que o país pode atrair mais investimentos
estrangeiros. “Para ser um país mais atrativo para investimentos, eu tenho que
ter uma situação de governança que seja interessante, não é só diminuir o
risco.”
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