Olá pessoal , nesta semana vamos resolver algumas questões , nossa atividade para ser encaminhada no email : klebernatividade@prof.educacao.sp.gov.br, sobre América Portuguesa e Espanhola.
01.(Fuvest) “Podemos dar conta boa e certa que em quarenta anos, pela tirania e ações diabólicas dos espanhóis, morreram injustamente mais de doze milhões de pessoas…” (Bartolomé de Las Casas, 1474 – 1566)
“A espada, a cruz e a fome iam dizimando a família selvagem.” (Pablo Neruda, 1904 – 1973)
As duas frases lidas colocam como causa da dizimação das populações indígenas a ação violenta dos espanhóis durante a Conquista da América. Pesquisas históricas recentes apontam outra causa, além da já indicada, que foi:
a) a incapacidade das populações indígenas em se adaptarem aos padrões culturais do colonizador.
b) o conflito entre populações indígenas rivais, estimulado pelos colonizadores.
c) a passividade completa das populações indígenas, decorrente de suas crenças religiosas.
d) a ausência de técnicas agrícolas por parte das populações indígenas, diante de novos problemas ambientais.
e) a série de doenças trazidas pelos espanhóis, como varíola, tifo e gripe, para as quais as populações indígenas não possuíam anticorpos.
02.(PUC-RS) Considere o texto abaixo, de G. F. de Oviedo, que relata o estabelecimento do império espanhol na América, no livro L’ Histoire des Indies, publicado no ano de 1555.
“O almirante Colombo encontrou, quando descobriu esta ilha Hispaniola, um milhão de índios e índias (…) dos quais, e dos que nasceram desde então, não creio que estejam vivos, no presente ano de 1535, quinhentos, incluindo tanto crianças como adultos (…). Alguns fizeram esses índios trabalhar excessivamente. Outros não lhes deram nada para comer como bem lhes convinha. Além disso, as pessoas dessa região são naturalmente tão inúteis, corruptas, de pouco trabalho, melancólicas, covardes, sujas, de má condição, mentirosas, sem constância e firmeza(…). Vários índios, por prazer e passatempo, deixaram-se morrer com veneno para não trabalhar. Outros se enforcaram pelas próprias mãos. E quanto aos outros, tais doenças os atingiram que em pouco tempo morreram (…). Quanto a mim, eu acreditaria antes que Nosso Senhor permitiu, devido aos grandes, enormes e abomináveis pecados dessas pessoas selvagens, rústicas e animalescas, que fossem eliminadas e banidas da superfície terrestre.
Apud ROMANO, Ruggiero. Mecanismos da Conquista Colonial. São Paulo: Perspectiva, 1973, p. 76
Considerando o contexto histórico, pode-se afirmar que o texto de Oviedo representa
a) o pensamento singular de um ideólogo extremista do absolutismo espanhol, em oposição ao sistema do Real Padroado e suas repercussões na América colonial.
b) a posição de um intelectual cristão renascentista que busca denunciar o caráter semifeudal da expansão ultramarina ibérica, sintetizado na figura de Colombo.
c) uma justificativa, de fundo religioso moral, para o genocídio decorrente da exploração colonial, cujos pressupostos são correntes no universo cultural europeu da época.
d) uma defesa, em termos racistas e preconceituosos, dos massacres promovidos pelos primeiros colonos espanhóis, que agiam contra os interesses econômicos do Estado Absolutista.
e) uma visão irônica, de caráter naturalista e raciológico, a respeito da inutilidade da violência praticada pelos colonizadores civis espanhóis no chamado período da Conquista.
03.(UFPR) Leia o texto a seguir:
É uma ideia grandiosa pretender formar de todo o mundo novo uma só nação com um só vínculo, que ligue suas partes entre si e com o todo. Já que tem uma mesma origem, uma mesma língua, mesmos costumes e uma religião, deveria, por conseguinte, ter um só governo que confederasse os diferentes Estados que haverão de formar-se […].
Considerando o extrato da “Carta de Jamaica”, de Simón Bolívar, e com base nos conhecimentos sobre as independências na América espanhola, assinale a alternativa correta.
A) Os movimentos de independência na América espanhola foram impulsionados pela tentativa de invasão napoleônica no Haiti recém-libertado. A Carta de Jamaica foi o documento que fundamentou esses movimentos.
B) Os movimentos de independência foram liderados por mestiços e escravos que ansiavam conseguir a liberdade expulsando os espanhóis. Aproveitando a ausência do rei Fernando VII, encarcerado por Napoleão, Bolívar escreveu a
carta na Jamaica, chamando todas as colônias a se unirem para formar uma grande federação contra a coroa espanhola.
C) Simón Bolívar foi o grande artífice das independências da América espanhola. Seu carisma e poder de mando permitiram unir todos os movimentos em uma grande frente libertadora, que começou na Argentina em 1816 e chegou até a Colômbia em 1821.
D) O projeto de Simón Bolívar era tornar as colônias governadas pela Espanha em uma grande confederação de estados nos moldes das colônias americanas do Norte, porém as diferenças entre alguns líderes no interior do movimento anticolonial não viam com bons olhos esse projeto.
E) A Carta de Jamaica foi a primeira declaração de independência das colônias espanholas. Escrita no formato da declaração de independência haitiana, declarava o fim da escravidão nas colônias e a expulsão dos peninsulares das terras americanas.
A) Os movimentos de independência na América espanhola foram impulsionados pela tentativa de invasão napoleônica no Haiti recém-libertado. A Carta de Jamaica foi o documento que fundamentou esses movimentos.
B) Os movimentos de independência foram liderados por mestiços e escravos que ansiavam conseguir a liberdade expulsando os espanhóis. Aproveitando a ausência do rei Fernando VII, encarcerado por Napoleão, Bolívar escreveu a
carta na Jamaica, chamando todas as colônias a se unirem para formar uma grande federação contra a coroa espanhola.
C) Simón Bolívar foi o grande artífice das independências da América espanhola. Seu carisma e poder de mando permitiram unir todos os movimentos em uma grande frente libertadora, que começou na Argentina em 1816 e chegou até a Colômbia em 1821.
D) O projeto de Simón Bolívar era tornar as colônias governadas pela Espanha em uma grande confederação de estados nos moldes das colônias americanas do Norte, porém as diferenças entre alguns líderes no interior do movimento anticolonial não viam com bons olhos esse projeto.
E) A Carta de Jamaica foi a primeira declaração de independência das colônias espanholas. Escrita no formato da declaração de independência haitiana, declarava o fim da escravidão nas colônias e a expulsão dos peninsulares das terras americanas.
04. (Unesp 2017) No movimento de Independência
atuam duas tendências opostas: uma, de origem
europeia, liberal e utópica, que concebe a América
espanhola como um todo unitário, assembleia de
nações livres; outra, tradicional, que rompe laços com a
Metrópole somente para acelerar o processo de
dispersão do Império.
(Octavio Paz. O labirinto da solidão, 1999. Adaptado.)
O texto refere-se às concepções em disputa no
processo de Independência da América Latina. Tendo
em vista a situação política das nações latinoamericanas no século XIX, é correto concluir que
a) os Estados independentes substituíram as rivalidades
pela mútua cooperação. b) os países libertos formaram regimes constitucionais
estáveis. c) as antigas metrópoles ibéricas continuavam
governando os territórios americanos. d) o conteúdo filosófico das independências sobrepôsse aos interesses oligárquicos.
e) as classes dirigentes nativas foram herdeiras da
antiga ordem colonial.
05. (Unesp 2017) Os deuses disseram entre si depois de
criar o homem: “O que os homens comerão, oh deuses?
Vamos já todos buscar o alimento.” Enquanto isso, as
formigas vermelhas estavam colhendo e carregando os
grãos de milho que traziam de dentro do Tonacatepetl
(Montanha do Sustento). O deus Quetzalcoatl encontrou
as formigas e lhes disse: “Digam-me, onde vocês
colheram os grãos de milho?”. Muitas vezes lhes
perguntou, mas as formigas não quiseram responder.
Algum tempo depois, as formigas disseram a
Quetzalcoatl: “Lá.” E apontaram o lugar. Quetzalcoatl se
transformou em formiga negra e as acompanhou. Desse
modo, Quetzalcoatl acompanhou as formigas vermelhas
até o depósito, arranjou o milho e em seguida o levou a
Tamoanchan (moradia dos deuses e onde o homem
havia sido criado). Ali os deuses o mastigaram e o
puseram na nossa boca para nos robustecer.
Apud Eduardo Natalino dos Santos. Cidades préhispânicas do México e da América Central, 2004.
O texto asteca
a) promove a divulgação das qualidades nutricionais do
milho para o fortalecimento dos guerreiros
mesoamericanos. b) oferece uma explicação mítica para a importância do
milho na base da alimentação dos povos
mesoamericanos. c) demonstra sustentação histórica e claro
desenvolvimento de pensamento lógico e racional. d) procura justificar o fato de apenas os governantes
dos povos mesoamericanos poderem exercer
atividades agrícolas. e) revela a influência das fábulas europeias na
construção do imaginário dos povos
mesoamericanos.
06. (Fgv 2016) O poeta canta:
“A espada, a cruz e a fome iam dizimando a família
selvagem.” (Pablo Neruda).
Talvez não seja inútil partir desses versos para tentar
perceber por que elementos – que encarados em seu
conjunto, constituem um mecanismo – foi possível a
conquista da América.
(Ruggiero Romano, Mecanismos da Conquista Colonial.
1973. Adaptado
Sobre o trecho citado, é correto afirmar que a conquista
espanhola da América
a) diferenciou-se muito da praticada pelos portugueses
no Brasil, porque houve a instituição de pequenas
propriedades rurais, a produção essencialmente
voltada para o mercado interno e, ao mesmo tempo,
uma política indigenista que privilegiou a catequese e
condenou todas as formas de exploração do trabalho
indígena, estabelecendo o trabalho assalariado para
as atividades produtivas; mas a ausência de
alimentos fez a fome prevalecer entre os colonos. b) contou com muitas condições facilitadoras, caso da
organização social das sociedades indígenas,
produtoras de excedentes agrícolas e acostumadas
com o trabalho de exploração extrativista mineral;
mas, por outro lado, os religiosos espanhóis
defendiam a necessidade da escravidão indígena a
fim de que os nativos da América percebessem a
importância da fé religiosa e do temor a Deus para a
construção de laços familiares estáveis e moralmente
aceitos. c) foi organizada pelas elites coloniais, representadas
pelos criollos, que criaram vários mecanismos de
exploração do trabalho indígena, prevalecendo a
condição escrava, porque, ainda que os preceitos
jurídicos explicitassem a qualidade dos nativos de
homens livres, cada morador adulto de aldeias era
obrigado a oferecer a metade dos dias do ano de
trabalho nas propriedades agrícolas, sempre com o
irrestrito apoio das congregações religiosas,
especialmente a dos jesuítas. d) constitui-se como um organismo, no qual se
articularam a superioridade bélica do colonizador,
exemplificada pelo uso do cavalo; a existência de
alguns mitos religiosos que precederam a presença
espanhola na América, caso das profecias que
garantiam a chegada iminente de novos deuses ou
de calamidades e uma considerável modificação nas
formas de organização das sociedades nativas
americanas, materializada na imposição de novas
formas e ritmos de trabalho. e) esteve sempre muito ameaçada pela dificuldade em
obter mão de obra farta, porque as guerras entre os
povos nativos eram constantes e geravam muitas mortes e, além disso, porque havia uma pressão
importante de vários setores da Igreja Católica para
que os indígenas só fossem deslocados às frentes de
trabalho depois da formação catequética, que
demorava alguns anos e retirava dos índios a
motivação para as atividades mais rudes, caso da
extração da prata.
07.(Fuvest 2016) Somos produto de 500 anos de luta:
primeiro, contra a escravidão, na Guerra de
Independência contra a Espanha, encabeçada pelos
insurgentes; depois, para evitar sermos absorvidos pelo
expansionismo norte-americano; em seguida, para
promulgar nossa Constituição e expulsar o Império
Francês de nosso solo; depois, a ditadura porfirista nos
negou a aplicação justa das leis de Reforma e o povo se
rebelou criando seus próprios líderes; assim surgiram
Villa e Zapata, homens pobres como nós, a quem se
negou a preparação mais elementar, para assim utilizarnos como bucha de canhão e saquear as riquezas de
nossa pátria, sem importar que estejamos morrendo de
fome e enfermidades curáveis, sem importar que não
tenhamos nada, absolutamente nada, nem um teto
digno, nem terra, nem trabalho, nem saúde, nem
alimentação, nem educação, sem ter direito a eleger
livre e democraticamente nossas autoridades, sem
independência dos estrangeiros, sem paz nem justiça
para nós e nossos filhos.
“Primeira declaração da Selva Lacandona” (janeiro de
1994), in Massimo di Felice e Cristoval Muñoz (orgs.). A
revolução invencível. Subcomandante Marcos e
Exército Zapatista de Libertação Nacional. Cartas e
comunicados. São Paulo: Boitempo, 1998. Adaptado.
O documento, divulgado no início de 1994 pelo Exército
Zapatista de Libertação Nacional, refere-se, entre outros
processos históricos, à
a) luta de independência contra a Espanha, no início do
século XIX, que erradicou o trabalho livre indígena e
fundou a primeira república na América. b) colonização francesa do território mexicano, entre os
séculos XVI e XIX, que implantou o trabalho escravo
indígena na mineração. c) reforma liberal, na metade do século XX, quando a
Igreja Católica passou a controlar quase todo o
território mexicano. d) guerra entre Estados Unidos e México, em meados
do século XIX, em que o México perdeu quase
metade de seu território. e) ditadura militar, no final do século XIX, que devolveu
às comunidades indígenas do México as terras
expropriadas e rompeu com o capitalismo
internacional.
08. (Enem ) A linhagem dos primeiros críticos
ambientais brasileiros não praticou o elogio laudatório
da beleza e da grandeza do meio natural brasileiro. O
meio natural foi elogiado por sua riqueza e potencial
econômico, sendo sua destruição interpretada como
um signo de atraso, ignorância e falta de cuidado.
PADUA, J. A. Um sopro de destruição: pensamento
político e crítica ambiental no Brasil escravista (1786-
1888). Rio de Janeiro: Zahar, 2002 (adaptado).
Descrevendo a posição dos críticos ambientais
brasileiros dos séculos XVIII e XIX, o autor demonstra
que, via de regra, eles viam o meio natural como
a) ferramenta essencial para o avanço da nação. b) dádiva divina para o desenvolvimento industrial. c) paisagem privilegiada para a valorização fundiária. d) limitação topográfica para a promoção da
urbanização. e) obstáculo climático para o estabelecimento da
civilização.
09. (Enem ) A África Ocidental é conhecida pela
dinâmica das suas mulheres comerciantes,
caracterizadas pela perícia, autonomia e mobilidade. A
sua presença, que fora atestada por viajantes e por
missionários portugueses que visitaram a costa a
partir do século XV, consta também na ampla
documentação sobre a região. A literatura é rica em
referências às grandes mulheres como as vendedoras
ambulantes, cujo jeito para o negócio, bem como a
autonomia e mobilidade, é tão típico da região.
HAVIK, P. Dinâmicas e assimetrias afro-atlânticas: a
agência feminina e representações em mudança na
Guiné (séculos XIX e XX). In: PANTOJA. S. (Org.).
Identidades, memórias e histórias em terras africanas.
Brasília: LGE; Luanda: Nzila, 2006.
A abordagem realizada pelo autor sobre a vida social
da África Ocidental pode ser relacionada a uma
característica marcante das cidades no Brasil
escravista nos séculos XVIII e XIX, que se observa
pela
a) restrição à realização do comércio ambulante por
africanos escravizados e seus descendentes. b) convivência entre homens e mulheres livres, de
diversas origens, no pequeno comércio. c) presença de mulheres negras no comércio de rua
de diversos produtos e alimentos. d) dissolução dos hábitos culturais trazidos do
continente de origem dos escravizados. e) entrada de imigrantes portugueses nas atividades
ligadas ao pequeno comércio urbano.
10. (Fuvest 2013) Observe o mapa abaixo. Com base no mapa e em seus conhecimentos, assinale a alternativa correta.
10. (Fuvest 2013) Observe o mapa abaixo. Com base no mapa e em seus conhecimentos, assinale a alternativa correta.
a) O rio São Francisco foi caminho natural para a
expansão da cana-de-açúcar e do algodão da Zona
da Mata, na Bahia, até a Capitania de São Paulo e
Minas de Ouro. b) A ocupação territorial de parte significativa dessa
região foi marcada por duas características
geomorfológicas: a serra do Espinhaço e o vale do
rio São Francisco.
c) Essa região caracterizava-se, nesse período, por
paisagens onde predominavam as minas e os
currais, mas no século XIX a mineração sobrepujou
as outras atividades econômicas dessas capitanias. d) O caminho pelo rio São Francisco foi estabelecido
pelas bandeiras paulistas para penetração na região
aurífera da Chapada dos Parecis e posterior
pagamento do “quinto” na sede da capitania, em
Salvador. e) As bandeiras que partiam da Capitania da Bahia de
Todos os Santos para a Capitania de São Paulo e
Minas de Ouro propiciaram o surgimento de
localidades com economia baseada na agricultura
monocultora de exportação.
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