CRONOGRAMA DE POSTAGENS


7E, 8 ANOS, 9 ANOS, 1A
6 ANOS e 7 ANOS
1B,1C,1D,1E,1F, 2 ANOS, 
3 ANOS
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quinta-feira, 18 de junho de 2020

3 aula - Jornalismo

Número de aulas: 2
Contato e entrega de atividades: via email paulacelestino@prof.educacao.sp.gov.br e sempre uma cópia no caderno.

Você pode tirar foto do que foi feito no caderno, pode enviar no Word ou no corpo do email.

Prazo para entrega: 25/06/2020

Tema: #Bora Criar - Jornalismo



Na última aula no centro de mídias 22/05/2020, foi falado sobre a valorização das pessoas, fatos, situações, em tempos de fotos instantâneas com celulares (instagram, entre outros editores de foto), o que difere de um trabalho profissional?

Vale lembrar que coloquei a aula do 9 ano porém é uma referência de ideia, acredito que não haja a necessidade de colocar todas as aulas de cada série, se o contexto é o mesmo.

O nosso projeto é Esporte da Natureza e Aventura, sendo assim estamos aplicando as profissões dentro do nosso projeto. Nossas atividades vai ser sempre baseado no esporte no qual foi escolhido por vocês.
Como já foi dito sempre basear-se em algo real.

Eu sempre vou postar algo no geral para vocês ter uma noção, do que eu estou falando e até mesmo, dando uma possível idea.

Mais uma vez venho dizer que estou muito feliz com resultado e o empenho de alguns, me surpreendi com a criatividade e assim que possível vou compartilhar no nosso Blogger, para que todos possa ver nossa evolução mesmo com tantas dificuldades e adversidades.
  


Série de reportagem mostra os bastidores e responsáveis pelas fotos incríveis do universo esportivo.

MTB nos Jogos Pan-americanos 2007 - Rio de Janeiro
© CAIO GUATELLI


A série de reportagem "Por trás das lentes" com foco no universo esportivo das duas rodas, produzido em sintonia com todos os canais de esportes da RedBull.com, apresenta desta vez o fotógrafo paulistano Caio Guatelli, que é um apaixonado por bicicletas desde à infância.
    Nos anos 90, Caio figurou-se entre os melhores ciclistas do país no esporte "recém" chegado ao Brasil, chamado mountain bike. Com seu estilo agressivo de pilotagem e vigor físico elevado, Caio despontava nas competições ao redor do mundo, até trocar o instrumento de trabalho, uma bike por uma câmera fotográfica, para continuar viajando para lugares inusitados com o propósito de registrar tudo.
Guatelli nunca esqueceu o prazer de andar de bicicleta e atualmente concilia suas duas paixões: bike e foto.
Mundial de MTB em 94, Guatelli é o 2º da esquerda
© CAIO GUATELLI


2014: Guatelli lidera prova de 12 horas de MTB
© CAIO GUATELLI


Caio Guatelli começou a carreira em 1996 no jornal O Estado de São Paulo quando conseguiu fotos exclusivas de um enorme desastre de avião. Depois concentrou a carreira no jornal Folha de S. Paulo, onde já fotografou Fórmula 1, futebol, Jogos Olímpicos, problemas políticos e sociais, e alguns eventos históricos, como o terremoto no Haiti.
   
Como iniciou sua paixão pela fotografia, o universo do esporte e da bike?
Desde muito pequeno fui incentivado pelos meus pais a pedalar. Lembro que aos 4 anos meu pai amarrava uma corda entre nossas bikes para me puxar nas subidas. Aos cinco anos de idade ganhei de meus pais a minha primeira BMX. Já no primeiro fim-de-semana daquela bike, meu pai me levou para a pista de BMX de São Paulo, que ficava onde hoje é o Parque do Povo. Eu, que estava todo empolgado em dar minhas primeiras voltas numa pista profissional, fiquei decepcionado quando chegamos no lugar; pista fechada ao público, estava rolando o Campeonato Paulista de Bicicross, atletas amadores não inscritos não poderiam participar. Mas foi esse o primeiro obstáculo a ser superado. Meu pai me levou até a reta oposta, e, sem ninguém notar, me infiltrou em meio aos competidores mirins. Foi minha primeira prova, corri “pirata”. Desde então nunca mais soltei as manoplas.


Começou a carreira em 1996 quando conseguiu fotos exclusivas de um desastre de avião
"não é efeito de instagram, é efeito óptico mesmo"
© CAIO GUATELLI


Aos 16 anos, já com vários títulos, fui treinar e competir nos EUA. Na bagagem levei duas bikes, roupas e uma camerazinha amadora. Saía para treinar e quase sempre levava a câmera comigo. Naquela época, 1994, ainda usávamos filmes de 36 chapas. Depois de 3 meses acho que eu já tinha gasto uns 40 rolos de filme, foi meu primeiro contato intenso com a fotografia. Com 17 anos de idade eu tinha que optar, ou virava ciclista profissional, ou fazia uma faculdade. Não fiz nenhum dos dois, virei fotojornalista autodidata. Aos 18 eu já tinha pendurado as sapatilhas para assumir de vez uma vaga de fotógrafo do jornal O Estado de S. Paulo. A faculdade veio mais tarde, me formei em 2004, em Fotografia. Essa arte me fez viver experiências mundo afora, mas nunca deixei a bike sumir de minha vida. Hoje, vinte anos após ter “abandonado” o ciclismo, voltei a namorar a magrela. Participo de provas por diversão, mas treino com muita dedicação.

Meu pai me levou até a reta oposta, e, sem ninguém notar, me infiltrou em meio aos competidores mirins. Foi minha primeira prova, corri “pirata”. Desde então nunca mais soltei as manoplas.
Jamaicano Usain Bolt na Olimpíada de Pequim 2008
© CAIO GUATELLI


O que é mais desafiante para fotografar o mundo esportivo e da bike?
O desafio maior, seja no esporte ou qualquer outra área da fotografia, é fazer o público sentir a mesma emoção que eu sinto quando escolho aquele tema, aquele ângulo, aquele instante. A foto tem que mexer com o público que a vê.
Qual a sua ideia na hora de fazer uma foto?

Não me preocupar com o óbvio. Ou me preocupar em não ser óbvio. Talvez essa resposta sirva muito bem para a pergunta anterior, também.

A foto tem que mexer com o público que a vê.
Ciclismo Pista nos Jogos Pan-americanos 2011
© CAIO GUATELLI


Além das técnicas básicas da fotografia, como o cálculo da luz (exposição), ângulo, velocidade... qual é o segredo para fotografar bem?
São tantos os segredos… Ainda preciso descobrir vários deles. Mas um que já te deixa com meio caminho andado é aquele que aprendi com meu mestre: “Nunca segurar a câmera muito firme, e nunca colocar o assunto bem no meio do quadro” De Antônio Gaudério.

Nunca segurar a câmera muito firme, e nunca colocar o assunto bem no meio do quadro.
Ping-pong-ping-pong-ping-pong...
© CAIO GUATELLI


Você tem noções de fotojornalismo e fotografia artística (fine art)...Como você faz para aplicar esses dois formatos de trabalho no fim de semana?
Nos fins-de-semana, quanto mais distância de meu ofício, melhor! Mas se alguém quer uma dica mais construtiva que essa, tente fotografar mais como um observador do que como um diretor. A boa foto da vida real nasce sozinha, sem sua ajuda, sem sua direção.
A boa foto da vida real nasce sozinha.
Retrato: Neymar Jr.
© CAIO GUATELLI


Em tempos de fotos instantâneas com celulares (instagram, entre outros editores de foto), o que difere de um trabalho profissional? É possível fazer "a foto" com um celular?
É possível fazer foto até com uma lata de leite-em-pó e um papel fotossensível, mas nada melhor que uma câmara tradicional com controles manuais. O profissional domina a técnica e aplica sua linguagem à cena. Celulares e seus softwares editores de imagem são ferramentas padronizadas que limitam técnica e linguagem.
Celulares e seus softwares editores de imagem são ferramentas padronizadas que limitam técnica e linguagem.

Aventura
© CAIO GUATELLI


Qual a maior dificuldade em fotografar o ciclismo?
A mesma de qualquer outro tema: Conhecer o mínimo sobre o assunto. Quando se conhece a cultura de um determinado tema, sua tradução para o plano das imagens fica muito mais fácil. Mas o inverso também é possível, apesar de mais raro. Nesse caso de ser um completo ignorante, só existem dois caminhos: Ou o fotógrafo tem muita sorte e consegue impressionar com algo inédito, ou o fotógrafo é tão hábil com as imagens que até o vazio ganha forma.
Ou o fotógrafo tem muita sorte ou é tão hábil com as imagens que até o vazio ganha forma.
Corrida 600K entre SP e Rio
© CAIO GUATELLI


O que mais gosta de fotografar?
Não sei… Tudo… Qualquer coisa...
Qual foi a melhor foto que você já fez? Por que?
Também não sei. Só sei que tenho muitas fotos. Algumas me impressionam mais que outras, mas não tenho uma preferida.
Algumas [fotos] me impressionam mais que outras.
Ensaios
© CAIO GUATELLI


Mesmo sendo um fotógrafo renomado, há espaço para mais aprendizados?
Hahahaha. Sou normal, cheio de defeitos para corrigir, muitos incorrigíveis. O dia que não houver nada para mudar, para aprender, mudo de profissão. É por isso que vou ser fotógrafo e ciclista para sempre.
Sou normal, cheio de defeitos para corrigir.
Eder Jofre
© CAIO GUATELLI


Quem são suas referências no mundo fotográfico?
Antônio Gaudério, Carlos Moreira, Henri Cartier-Bresson, Robert Cappa, Alex Webb.
O portifólio do fotógrafo fica no site www.caioguatelli.com

Reconstrução: Esporte na vida dos haitianos
© CAIO GUATELLI




Fotógrafo, artista, atleta... Cappi registra a natureza, bike e os esportes de aventura.
No foco da ação
© ALEXANDRE CAPPI


A série "Por Trás das Lentes" traz ao Red Bull Bike o trabalho dos melhores fotógrafos do universo da bike e esporte de aventura. Assim, apresenta Alexandre Cappi, um grande "documentarista" da natureza, que além de praticar muito esporte, é um estudioso da arte da foto.
    Formado em publicidade e pós graduado em jornalismo, inaugurou o primeiro banco de imagens especializado em esportes outdoor e ecoturismo da América Latina. Colaborador assíduo de 20 revistas nacionais, associações e instituições governamentais como ABETA, Agência Estado, Getty Images, atualmente Cappi também disputa corridas de aventura pela equipe X Press Thule Kailash, com a missão de fotografar, sempre.
Proprietário do banco de imagens BR Stock, Cappi tem um portifólio diversificado, desfrute: www.cappi.art.br

    Como iniciou sua paixão pela fotografia e o universo da aventura e bike?
Meu interesse pela artes visuais ocorreu enquanto cursava o colegial técnico de Publicidade em Campinas, onde nasci. A descoberta do documentarismo aconteceu alguns anos depois, durante o período da faculdade em Ribeirão Preto, 1997. Haviam duas disciplinas obrigatórias, Fotografia I e II, nas quais vivenciei uma imersão em criações e revelações no laboratório da universidade. Ficava o dia todo dentro da sala escura aprendendo com experiências analógicas e fazendo imagens surgirem no papel como um truque de mágica. Ao término do curso não pude mais emprestar o equipamento cedido aos alunos e comprei minha primeira câmera. Anos depois, já na capital paulista, decidi abandonar a publicidade ao aceitar o convite de trabalho para um guia de viagens. Quando retornei para casa, após 40 dias na estrada, sabia exatamente o que queria fazer dalí adiante: viajar, fotografar e voltar para contar a história. Já o interesse pela aventura veio naturalmente como meio de explorar lugares remotos através de esportes como mountain bike, escalada, caiaque e trekking. Após cobrir algumas corridas de Aventura a partir do ano de 2003, realmente fiquei enstusiasmado com essa variedade de modalidades outdoor, tanto que até hoje fazem parte da minha rotina de treinos.
Quando retornei para casa...sabia exatamente o que queria fazer dali adiante: viajar, fotografar e voltar para contar a história.
Estrela cadente
© ALEXANDRE CAPPI


O que é mais desafiante para fotografar o mundo da aventura e bike?
Sintetizar em uma única imagem estática todo contexto de uma atividade dinâmica envolve criatividade e planejamento logístico. Muitas vezes preciso chegar num local em que jamais estive de maneira autônoma, somente com mapa e bússola, sem guias ou assistentes. No caso das corridas de aventura não há percurso definido, então tento traçar o caminho mais rápido e seguro que as equipes supostamente fariam para navegar entre dois pontos cartográficos. Portanto, preciso avaliar todos os equipamentos fotográficos e de segurança que necessito carregar, além de àgua e comida. Algumas corridas chegam a durar 7 dias, ou seja, também preciso estar bem condicionado para encarar situações imprevisíveis.
Sintetizar em uma única imagem estática todo contexto de uma atividade dinâmica envolve criatividade e planejamento logístico.
Canoagem vista de cima
© ALEXANDRE CAPPI


Alexandre Cappi em ação na Serra Fina
© WLADEMIR TOGUMI / ADVENTUREMAG


A fotografia de alguém no alto de uma montanha pode transmitir parte da sensação do que é estar naquele ambiente, porém o resultado final representado pela imagem capturada, não é a principal razão de estar lá. A verdadeira satisfação em executar meu trabalho está no caminho que percorri para realizá-lo, por isso sou fascinado pelas expedições. Existem muitas histórias e sacrifícios por trás de uma boa foto. O aprendizado que obtivemos durante uma viagem, as pessoas que conhecemos e os lugares que nos impressionam são recompensas que guardamos para toda vida.
A verdadeira satisfação em executar meu trabalho está no caminho que percorri para realizá-lo.

Esportes de inverno
© ALEXANDRE CAPPI


De virar os olhos!
© ALEXANDRE CAPPI


Além das técnicas básicas da fotografia, como o cálculo da luz,ângulo, velocidade, qual é o segredo para fotografar bem?
A pré-avaliação do ambiente e da ação pretendida é fundamental para um bom registro documental. Normalmente tento não interferir diretamente com o personagem e passar despercebido por ele. O intuito é preservar a espontaneidade da cena, sem desconcentrar o atleta. No caso de produções ensaístas posso iluminar o personagem e repetir o movimento, o que me permite fazer experimentações sem preocupar com o erro. As técnicas de composição, enquadramento e luz aplicadas ao esporte são sempre bem vindas, mas é a curiosidade que me faz buscar ângulos e locais não convencionais. Acho interessante aproveitar as horas mágicas do dia, priorizando luzes intensas ao entardecer ou amanhecer, no entanto, também gosto muito de fotografar à noite e estender a exposição para segundos e minutos, combinando movimento e drama na imagem. É incrível poder registar o que não pode ser visto com o olho humano.
A curiosidade que me faz buscar ângulos e locais não convencionais.
Singletrack na Chapada Diamantina (BA)
© ALEXANDRE CAPPI


Escalada
© ALEXANDRE CAPPI


Você tem noções de fotojornalismo e fotografia como obra museológica?
Existem limites entre o que é considerado arte visual e o que é fotografia? [Aqui o entrevistado corrigiu a pergunta substituindo a palavra "arte" por "obra museológica"]
Todas as vertentes artísticas de certa maneira são capazes de inspirar e influenciar como você vê o mundo. Um filme, uma pintura, um escritor ou até mesmo o grafite da esquina tem esse poder. Cada artista possui um estilo que está implícito em sua obra, por isso criamos afinidades com seu trabalho independente de quem seja seu criador. Sou um apreciador da arte fotográfica como documento histórico e gosto da sua relação com o verídico, sobretudo seu compromisso como reflexo da realidade. Apesar de ser uma ilusão criada por minha interpretação ótica, não pretendo enganar o observador da imagem. Atualmente, a tecnologia e os recursos disponíveis no mercado gerando polêmicas e questionamentos dos limites da pós-produção fotográfica. Acho importante lidar com o processo de tratamento de uma imagem sem empregar exageros artísticos ao efetuar correções, priorizando as condições e circunstâncias reais em que aconteceu o registro.
Sou um apreciador da arte fotográfica como documento histórico e gosto da sua relação com o verídico, sobretudo seu compromisso como reflexo da realidade.

No lugar certo, na hora certa
© ALEXANDRE CAPPI


Em tempos de fotos instantâneas com celulares (instagram, entre outros editores de foto), o que difere de um trabalho profissional? É possível fazer "a foto" com um celular?
É muito interessante poder carregar sempre comigo uma câmera de qualidade satisfatória, mesmo que seja um celular. Claro que há diversas limitações técnicas em uma câmera de bolso, entretanto, a fotografia é um exercício criativo que aperfeiçoa o olhar sobre o que nos cerca, inclusive a partir da observação de trabalhos de outros artistas que temos como referência. Acho que realmente não importa o instrumento utilizado para capturar determinado momento, e sim a mensagem contida na imagem, o que contribui para disseminar uma história, uma causa ou a arte fotográfica em si.
A fotografia é um exercício criativo que aperfeiçoa o olhar sobre o que nos cerca.

Canionismo
© ALEXANDRE CAPPI


Fotografia:um serviço a favor da preservação
© ALEXANDRE CAPPI


Qual a maior dificuldade em fotografar o ciclismo (todas as vertentes)?
Para mim a bicicleta é uma das maiores invenções humanas e suas vertentes atuais são frutos de sua natural evolução como prática esportiva. Capturar a essência de cada modalidade é sempre um desafio devido à velocidade e ao dinamismo característico das duas rodas. Sempre procuro pelo instante decisivo ou expressão mais plena do fato. Uma fração de segundos antes ou depois talvez não revela-se com o mesmo impacto e força dramática. No caso do mountain bike tento priorizar a diversidade de cenários e terrenos acidentados. Quando a prova é realizada num circuito fica mais fácil se deslocar pelo percurso, mas nas corridas de longa duração chego a rodar até 150 quilômetros por dia na garupa de uma moto, sempre com equipamento pesado na mochila. Em geral, todas modalidades exigem uma antecipação do suposto movimento que o atleta irá executar, assim como as probabilidades e os fatores de risco presentes no ambiente, tanto para o piloto quanto para o fotógrafo.
Para mim a bicicleta é uma das maiores invenções humanas e suas vertentes atuais são frutos de sua natural evolução como prática esportiva.
Homens-pássaros
© ALEXANDRE CAPPI


Corrida de aventura expedicionária
© ALEXANDRE CAPPI


O que mais gosta de fotografar?
Fico muito à vontade trabalhando em meio à natureza, principalmente em expedições desportivas, quando posso desenvolver reportagens visuais mais elaboradas. Depender somente das pernas para me deslocar ao longo de dias é algo que aguça a percepção do ecossistema no qual me encontro. Para mim, estar em um ambiente selvagem também é ficar em integração física e espiritual. Consequentemente, o ato de documentar a natureza, seja o próprio meio ambiente ou sua relação com as atividades humanas, promove a preservação do patrimônio natural e de outros seres vivos que, assim como nós, também dependem de recursos naturais para sobreviver. Assim qualquer acervo documental pode ser de fato significativo para a humanidade. No meu caso, o conceito está na difusão de uma convivência mais harmônica entre homem e meio ambiente.
O ato de documentar a natureza, seja o próprio meio ambiente ou sua relação com as atividades humanas, promove a preservação do patrimônio natural e de outros seres vivos.
Pedalar faz bem para a saúde
© ALEXANDRE CAPPI


Alta Montanha
© ALEXANDRE CAPPI


Qual foi a melhor foto que você já fez? Por que?
É difícil falar sobre uma imagem específica. Uma situação bastante peculiar aconteceu durante o Ecomotion Pro 2006, no Rio de Janeiro. Os atletas passaram à noite remando pela baía de Guanabara e, ao amanhecer, a maré baixa fez com que atolassem os caiaques próximo a entrada de um mangue. Só consegui registrar os atletas presos no lamaçal gigante por meio de um helicóptero, pois nenhuma embarcação conseguiria chegar naquele lugar com aquelas condições climáticas.
Só consegui registrar os atletas presos no lamaçal gigante por meio de um helicóptero.
Trekking
© ALEXANDRE CAPPI


Às vezes, o único jeito é foto aérea
© ALEXANDRE CAPPI


No Ecomotion Pro 2010 ocorreu outro momento inusitado, após escalar cerca de mil metros de corda na Pedra do Oratório. Já estava exausto e era início da madrugada quando olhei para trás e vi uma nuvem invadir a montanha escura, então decidi improvisar um tripé numa cerca e registrar uma longa exposição do momento. Quando vi o resultado na câmera fiquei surpreso por ter capturado as luzes das lanternas de cabeça dos competidores que atingiam o cume, mesmo sem avistá-los a olho nú da base da rocha.
           
Já estava exausto... quando olhei para trás e vi uma nuvem invadir a montanha escura, então decidi improvisar um tripé numa cerca... fiquei surpreso com o resultado.
Atividade.

No início já falei um pouquinho o que se é esperado da atividade, citei dois exemplos acima  de pessoas que tornaram suas vidas profissionais dentro do esporte da natureza e aventura, juntamente com a fotografia. Quantas coisas invisíveis eles tornaram visíveis?

Quero que vocês, dentro claro de cada esporte da sua escolha, torne visível o invisível?
#Boracriar, usando fotografias, pesquisa, criatividade.

Boa aula.
Espero que todos estejam bem!

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