CRONOGRAMA DE POSTAGENS


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segunda-feira, 11 de maio de 2020

TEXTO NARRATIVO


Olá, pessoal do 6ºA! Espero que estejam bem :) 

Por favor, enviem suas respostas da atividade Texto narrativo para o seguinte e-mail: mmaraujo@prof.educacao.sp.gov.br até o dia 18/05/2020. 



Assunto: Texto narrativo; pontuação; expressão popular; manchetes.

A atividade a seguir nos ajudará a compreender a importância de respeitar nossas diferenças culturais.

I.Leia a história abaixo para depois responder às questões.

É índio ou não é índio?

Certa feita tomei o metrô rumo à Praça da Sé. Eram meus primeiros dias em São Paulo, e eu gostava de andar de metrô e ônibus. Tinha um gosto especial em mostrar-me para sentir a reação das pessoas quando me viam passar. Queria poder ter a certeza de que as pessoas me identificavam como índio a fim de formar minha autoimagem.
Nessa ocasião a que me refiro, ouvi o seguinte diálogo entre duas senhoras que me olharam de cima a baixo quando entrei no metrô:
─ Você viu aquele moço? Parece que é índio ─ disse a senhora A.
─ É, parece. Mas eu não tenho tanta certeza assim. Não viu que ele usa jeans? Não é possível que ele seja índio usando roupa de branco. Acho que ele não é índio de verdade ─ retrucou a senhora B.
─ É, pode ser. Mas você viu o cabelo dele? É lisinho, lisinho. Só índio tem cabelo assim, desse jeito. Acho que é índio, sim – defendeu-me a senhora A.
─ Sei não. Você viu que ele usa relógio? Índio vê hora olhando pro tempo. O relógio do índio é o Sol, a lua, as estrelas... Não é possível que ele seja índio ─ argumentou a senhora B.
─ Mas ele tem olho puxado ─ disse a senhora A.
─ E também usa sapatos e camisa ─ ironizou a senhora B.
─ Mas tem as maçãs do rosto muito salientes. Só os índios têm o rosto desse jeito. Não, ele não nega. Só pode ser um índio e, parece, dos puros.
─ Não acredito. Não existem mais índios puros ─ afirmou cheia de sabedoria a senhora B. ─ Afinal, como um índio poderia estar andando de metrô? Índio de verdade mora na floresta, carrega arco e flecha, caça e pesca e planta mandioca. Acho que não é índio coisa nenhuma...
─ Você viu o colar que ele está usando? Parece que é de dentes. Será que é de dentes de gente?
─ De repente até é. Ouvi dizer que existem índios que comem gente – disse a senhora B.
─ Você não disse que não achava que ele era índio? E agora parece que você está com medo?
─ Por via das dúvidas...
─ O que você acha de falarmos com ele?
─ E se ele não gostar?
─ Paciência... Ao menos nós teremos informações mais precisas, você não acha?
─ É, eu acho, mas confesso que não tenho coragem de iniciar um diálogo com ele. Você pergunta? ─ disse a senhora B, que a esta altura já se mostrara um tanto constrangida.
─ Eu pergunto.
Eu estava ouvindo a conversa de costas para as duas e de vez em quando ria com vontade. De repente senti um leve toque de dedos em meu ombro. Virei-me. Infelizmente elas demoraram a me chamar. Meu ponto de desembarque estava chegando. Olhei para elas, sorri e disse:
─ Sim!

Daniel munduruku. Histórias de índio. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1997.

II. Agora que você leu o texto responda às questões do item a ao item i.

a)      Onde se passa a história É índio ou não é índio e quem são as personagens dessa história?

b)      No primeiro parágrafo, o narrador diz “Queria poder ter a certeza de que as pessoas me identificavam como índio a fim de formar minha autoimagem”. O que significa identificar-se? E autoimagem? (Faça uma breve pesquisa caso você não saiba)

c)      Qual é a dúvida das senhoras em relação ao narrador? Por que ele causa estranheza entre essas pessoas?

d)     Tanto a senhora A como a senhora B criam uma imagem do que é ser índio ou não. Mostre como cada uma dessas personagens caracterizam o narrador.

Senhora A
Senhora B



e)      Depois de uma série de incertezas a respeito do narrador, a senhora A tem uma ideia: “O que você acha de falarmos com ele?”. Para você essa é uma boa ideia? E qual a importância de ouvirmos a própria pessoa contar a história dela?

f)       A história acaba com uma afirmação: “Sim!”. Qual é a pergunta dessa resposta?

g)      Conhecendo o autor:

Daniel Munduruku, indígena da nação Munduruku, localizada no Pará, nasceu em Belém, em 1964. É professor da Fundação Peirópolis e, além de Histórias de índio, é autor de Meu avô Apolinário, Coisas de índio e O Banquete dos Deuses, entre outros. Coordena, na Editora Fundação Peirópolis, a coleção Memórias Ancestrais, série de livros infantis que resgata mitos e lendas das diversas nações indígenas brasileiras.

Você já conhecia esse autor? Você acha importante haver escritores indígenas para a sociedade? Por quê.


h)      Reticências (...) são sinais de pontuação que indicam a suspensão do término do enunciado. Essa suspensão cria efeitos de sentido diversos, dependentes do (con)texto enunciativo: ironia, espanto, admiração, dúvida, hesitação, etc., cuja interpretação depende do enunciatário. Explique, nos casos abaixo, por que as reticências foram utilizadas.  

O relógio do índio é o Sol, a lua, as estrelas...

Por via das dúvidas...

i)        A expressão “Não, ele não nega” pode ser utilizada na fala cotidiana para se referir a algo expressando uma certeza. O que ela significa? Cite outra expressão que você conheça.



III. A seguir leia algumas manchetes de textos jornalísticos sobre a situação dos povos indígenas em relação à pandemia do coronavírus.

Povos indígenas do Brasil pedem fundo de emergência à OMS para combater coronavírus...

Coronavírus de um lado, invasores de outro: como está a situação dos indígenas no Brasil

Descaso com a Covid-19 pode exterminar povos indígenas

Na Amazônia, mais de 200 terras indígenas têm alto risco para Covid-19


Agora responda: o direito dos povos indígenas está sendo respeitado? Explique.

Bibliografia: FARACO, Carlos Emílio. Língua Portuguesa: linguagem e interação. v.1 São Paulo: Ática, 2009.


Observação: leia os textos com calma. Caso tenha dúvida, use o e-mail para perguntar. Até mais!

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